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​Raptada no Gana, passou por Itália e acabou no Porto. Menor foi sendo sempre abusada

15 mar, 2019 - 18:18 • Cristina Nascimento

Uma das agressoras foi condenada esta sexta-feira a seis anos de prisão. A vítima está institucionalizada.

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O Tribunal Judicial da Comarca do Porto condenou, esta sexta-feira, a seis anos de prisão efetiva e a obrigação de indemnizar a vítima no valor de 100 mil euros, uma cidadã estrangeira acusada do crime de tráfico de pessoas para exploração sexual.

A informação é divulgada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), entidade que esteve à frente da investigação que decorreu em 2017.

Em comunicado, o SEF explica que a então menor foi raptada no Gana, mantida em cativeiro e transportada até à Líbia.

“Durante esse trajeto, incluindo no deserto, foi alvo de abusos vários, tendo depois sido colocada por traficantes de pessoas num barco, que efetuou o trajeto até Itália”, adianta a nota do SEF.

Uma vez em Itália, a menor ainda foi acolhida num centro de imigrantes, mas dois traficantes, da mesma nacionalidade da vítima, raptaram-na e colocaram-na num apartamento em Roma, onde “foi novamente alvo de abusos”.

O SEF revela ainda que, a dado momento, a vítima viajou com dois dos exploradores de Roma para o Porto, onde voltou a ser mantida numa casa.

“A agora acusada efetuou ritual de vudu para melhor subjugá-la e submetê-la, ameaçando ainda que faria mal aos seus pais”, remata a nota do SEF, acrescentado que a vítima foi ainda “obrigada a prostituir-se nas ruas do Porto”.

A vítima está atualmente institucionalizada em Portugal.

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