13 mar, 2019 - 14:15 • Reuters
O piloto do avião da Ethiopian Airlines que se despenhou no passado domingo, minutos depois de levantar voo a partir de Adis Ababa, relatou problemas com o sistema de controlo de voo e pediu para regressar ao aeroporto de partida, segundo um porta-voz da companhia.
Falando aos jornalistas esta quarta-feira, Asrat Begashaw diz que a autorização para regressar à base foi concedida, mas, entretanto, deu-se o desastre.
O facto de o piloto ter relatado problemas com o sistema de controlo de voo confirma que não foram fatores externos – como pássaros ou fenómenos atmosféricos – a provocar a queda do avião Boeing 737 MAX.
A queda do avião – o segundo acidente grave de aviação envolvendo este modelo no espaço de apenas cinco meses – levou dezenas companhias e autoridades nacionais de aviação a suspender o Boeing 737 MAX. Na terça-feira a Agência Europeia de Segurança Aérea juntou-se ao lote.
Cabe agora aos investigadores apurar as razões da queda deste avião da Ethiopian Airlines, mas essa investigação vai desenrolar-se na Europa. Begashaw disse que as caixas negras do aparelho vão ser enviadas para a Europa, mas ainda não confirmou para que país irão. As autoridades em França e no Reino Unido dizem que não foram contactadas nesse sentido.
A queda do avião da Ethiopian Airlines matou os 157 passageiros e membros da tripulação que estavam a bordo. Segundo o porta-voz, ainda não foram recuperados corpos, apenas fragmentos.