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Novo Banco. Será “preciso coragem” para lidar com créditos malparados

13 mar, 2019 - 12:24 • Lusa

Instituição bancária anunciou que ia pedir uma nova injeção de capital ao Fundo de Resolução de 1.149 milhões de euros para cobrir as perdas.

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O presidente da Comissão de Acompanhamento do Novo Banco disse, no parlamento, que "vai ser preciso coragem" para lidar com alguns créditos malparados mediáticos, escusando-se a indicar quais mas referindo que são comuns a CGD e BCP.

"Há casos que um dia terão de ser tratados. Vai ser preciso coragem para tratar de alguns destes casos", afirmou o presidente da Comissão de Acompanhamento, José Rodrigues de Jesus, perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

Questionado por que razão não se tomam já decisões sobre esses ativos, se tem que ver com o impacto na economia, o responsável disse que tinha de "deixar algum enigma nisso" mas que "não são casos de ofender o tecido económico português", mas "casos que é preciso tratar por causa dos nomes".

"São casos que deviam estar resolvidos, que estão resolvidos, mas por serem mediáticos...", afirmou.

Novamente questionado sobre porque isso ainda não foi feito, o presidente da Comissão de Acompanhamento disse que tem a mesma dúvida: "Tem razão, é isso, eu também pergunto isso, também faço estas perguntas".

José Rodrigues de Jesus disse ainda que esses casos não significam que o Novo Banco venha a assumir muito mais prejuízos, uma vez que "as imparidades [para esses créditos] já estão praticamente todas [constituídas], ou o que falta é pouco", e que o que está em causa é "limpar" esses créditos do balanço.

O responsável referiu-se à lista de grandes devedores Caixa Geral de Depósitos, divulgada pela imprensa, referindo que "alguns daqueles nomes estão em todos os bancos, estão no BCP, na Caixa, no Novo Banco".

Em 1 de março, o Novo Banco anunciou que ia pedir uma nova injeção de capital ao Fundo de Resolução de 1.149 milhões de euros para cobrir as perdas com os ativos incluídos no mecanismo de compensação (créditos malparados, imóveis sobrevalorizados) acordado aquando da venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, em outubro de 2017.

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