09 mar, 2019 - 14:16 • Paula Caeiro Varela
No último dia de visita oficial a Angola, o Presidente da República portuguesa, que assinala este sábado três anos da sua tomada de posse, explica que a ideia de comemorar a data com a comunidade portuguesa no estrangeiro não é sua.
“Não é uma originalidade minha: o Presidente Cavaco Silva gostava de celebrar os anos de mandato junto das comunidades espalhadas no mundo. O seu a seu dono. Como veem, há realidades em que sou cavaquista. Eu diria mesmo, em todas as realidades em que está em causa o país e a afirmação de Portugal, nomeadamente no mundo”, afirmou num encontro com a comunidade lusa, na escola portuguesa de Luanda.
Marcelo Rebelo de Sousa voltou depois a frisar que gostaria de ter percorrido todo o país.
“Pena tenho eu de não ser possível percorrer todo o território angolano – teria de se convencer a Assembleia da República que tem de autorizar o Presidente da República a uma longa permanência em Angola, o que imaginam suscitaria alguns pequenos problemas políticos, internos e externos”, disse.
Este sábado de manhã, o chefe de Estado esteve no Museu Militar, na Fortaleza de Luanda, e seguiu para o palácio presidencial para se despedir do Presidente angolano, João Lourenço.
Deste encontro resultou um comunicado bastante inócuo, onde se prevê que a primeira reunião da primeira comissão permanente ministerial que acompanha as relações entre os dois países vai decorrer em Luanda, ainda no primeiro semestre deste ano de 2019. Haverá depois, já na segunda parte do ano, em Lisboa, mais uma ronda de consultas políticas, nomeadamente para promover o acompanhamento da implementação dos instrumentos jurídicos que entretanto foram assinados.
Ao todo, foram assinados 11 acordos, que se juntam aos 24 que surgiram desde que António Costa foi a Luanda, em setembro.
Esta manhã, Marcelo teve ainda um encontro breve com o arcebispo emérito de Luanda, D. Alexandre do Nascimento.