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“Ato decisivo”. Coletes amarelos querem bloquear Paris por três dias

07 mar, 2019 - 10:50

As manifestações devem começar junto à Torre Eiffel e espalhar-se, em seguida, por toda a capital.

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Os coletes amarelos chamam-lhe "o ato decisivo" e a ideia é bloquear a capital francesa entre sexta-feira e domingo através de manifestações e paralisações das principais ruas da cidade.

Antes de terminar, a 15 de março, o Grande Debate Nacional, uma série de debates em todo o país promovidos pelo Presidente Emmanuel Macron para responder às exigências dos coletes amarelos, o movimento quer enviar uma mensagem direta ao Governo.

A ideia foi, mais uma vez, lançada nas redes sociais pelo grupo "France en Colère", gerido por Éric Drouet - uma figura do movimento que ficou conhecida por incitar os restantes manifestantes a invadir o Palácio do Eliseu, a residência oficial do Presidente francês.

O grupo apela aos coletes amarelos de todo o país para se deslocarem a Paris e ocuparem espaços públicos com acampamentos e manifestações, bloqueando as ruas da cidade de dia 8 de março, sexta-feira, até dia 10 de março, domingo.

As manifestações devem começar junto à Torre Eiffel e espalhar-se, em seguida, por toda a capital.

No grupo é ainda assegurado que há uma organização paralela para alojamentos, partilha de boleias e serviços de saúde. O apelo ao bloqueio é também feito noutras cidades como Bordéus.

Mais de 20 mortes

As já tradicionais manifestações de sábado dos coletes amarelos têm vindo a perder fôlego, com menos de 40.000 manifestantes em toda a França no fim de semana passado - o número mais baixo até agora.

Os protestos começaram em 17 de novembro de 2018, com uma manifestação contra o anúncio do aumento do preço dos combustíveis que juntou, na altura, cerca de 282 mil manifestantes.

A subida do preço dos combustíveis não chegou a ser aprovada, em virtude da contestação, mas o motivo dos protestos, que se têm repetido todos os sábados desde então, foi, entretanto, alargado a toda a política fiscal e social de Emmanuel Macron.

Durante as manifestações morreram mais de 20 pessoas, 1.800 ficaram feridas e, de acordo com dados do Ministério do Interior de França, mais de 8.000 manifestantes foram detidos.

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