Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

PS ataca Passos Coelho por "torcer para que as coisas corram mal"

24 fev, 2019 - 17:21 • Lusa com Redação

Na sexta-feira, o antigo líder social-democrata acusou PS, Bloco de Esquerda e PCP de só se importarem com os cortes na despesa em setores como a saúde e a educação quando o PSD era Governo.

A+ / A-

O PS reagiu este domingo com “a maior das perplexidades” às críticas do antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho, que acusou de “torcer para que as coisas corram mal” no país.

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, criticou ainda Passos Coelho por aparecer como o porta-voz de uma “direita que tirou tudo e todos” e de “promessas que o PS e o Governo não fizeram”.

“Os pais do colossal aumento de impostos e da taxa de desemprego recorde, do convite à imigração” são aqueles que agora “nem sequer se congratulam” com os “resultados positivos” do Governo socialista de António Costa, acrescentou.

"Diria mesmo que Pedro Passos Coelho, de cada vez que aparece, é para torcer que as coisas corram mal. A verdade é que os resultados da governação do PPS estão aí", disse.

Na sexta-feira à noite, em Coimbra, o antigo líder social-democrata Pedro Passos Coelho acusou PS, Bloco de Esquerda e PCP de só se importarem com os cortes na despesa em setores como a saúde e educação quando o PSD era Governo.

As críticas de Passos, do ex-Presidente Cavaco Cavaco Silva, também na sexta-feira, na Academia Política Calvão da Silva, em Coimbra, e hoje do líder do PSD, Rui Rio, mais não são, afirmou, do que a prova do “desnorte da própria direita e da incapacidade de ter propostas para o país”.

Exemplos do que considerou boa governação do PS são os salários que, “quer no setor público, quer no setor privado, melhoraram 7% nesta legislatura” ou ainda a “despesa na Educação e na Saúde, que caiu” no Governo de Pedro Passos Coelho “e sobe com o governo do PS”.

A secretária-geral adjunta e deputada do PS lembrou, como tem feito o primeiro-ministro por diversas vezes, que, na saúde, a despesa aumentou nesta legislatura 1.300 milhões de euros, “depois de ter caído mais de mil milhões de euros” durante o Governo PSD-CDS.

Os portugueses “sabem que reduzir, cortar é o contrário de subir, como aconteceu ao longo de todo o tempo” do anterior executivo.

Na sexta-feira, Passos Coelho avisou que devido a uma pior conjuntura externa - por exemplo, quando grandes economias para onde Portugal exporta entrarem em recessão - e com as receitas do Estado português a cair, o Governo terá de cortar na despesa, mas ironizou que isso "nem pensar, o Tribunal Constitucional não deixa".

"Só se for na saúde, na educação, no investimento e noutras coisas, porque nessas o Partido Comunista português, o Bloco de Esquerda e o PS não se importam de cortar. Só se importavam que nós [PSD] cortássemos, quando são eles a cortar não tem problema nenhum", alegou, arrancando aplausos à assistência.

Pedro Passos Coelho disse ainda que a questão "não é de partidos ou de clubes partidários, é um problema nacional" e responsabilizou o PS, argumentando que "sempre que estes problemas graves aconteceram, era o PS que tinha a responsabilidade de tratar destas coisas" porque estava no Governo.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    27 fev, 2019 10:29
    O Governo de Passos Coelho teve de tomar resoluções difíceis para os portugueses, porque herdou o País em estado de quase-bancarrota, originada pelos 2 governos do ex-Secretário Geral do PS e ex-presidiário, Sócrates de seu nome… Mas a geringonça social-comunista criou muitos mais impostos indiretos e mesmo assim não há dinheiro para consertar barcos e comboios, comprar seringas, medicamentos, etc. etc. Os comunistas do PCP e do BE são coniventes com a governação de António Costa … que está a deixar os portugueses muito nervosos e descontentes!
  • Atento
    27 fev, 2019 Leça da Palmeira, Matosinhos 09:39
    ... é mesmo do Pedro Passos Coelho que o PS tem medo ... e o resto é conversa fiada ...
  • J M
    25 fev, 2019 Seixal 12:33
    É preciso descaramento. Este inútil enganou os portugueses para votarem nele, depois, como 1º ministro foi o maior incompetente da historia recente, e agora vem criticar os que mal ou bem conseguiram recuperar da miséria em que deixou o país. É triste ver que ainda tem adeptos que lhe batem palmas.
  • Martins
    25 fev, 2019 LX 11:26
    Esquecem sempre convenientemente que foi o PS que nos colocou na bancarrota, que afundou com as suas negociatas a PT e BES e que foi um PM socialista que mais uma vez chamou o FMI e seus acólitos. Tomaram o poder usando a extrema esquerda e tem sido asneira atrás de asneira. As greves consecutivas em várias áreas são prova disso. A austeridade escondida nos impostos indirectos nunca foi tão forte e os combustíveis são a galinha dos ovos de ouro do Centeno. Mas com a carpete vermelha estendida pelo PR para o Costa passer tudo está bem!
  • Americo
    25 fev, 2019 Ansiao 10:32
    ò Catarina, Catarina...................que figura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O
  • Cidadao
    25 fev, 2019 Lisboa 10:04
    O governo terá de cortar na Despesa, diz PPC... Pois sim, todos nos lembramos como foi a PAF a cortar na Despesa. A despesa para eles, são salários, Pensões, Serviços Médicos e apoios Sociais, Escolas e tudo o que dá uma vida melhor a quem pouco ou nada tem. E foi nisso que ele cortou. Depois ficou muito admirado por perder 700 000 votos e ser apeado do governo

Destaques V+