Tempo
|
A+ / A-

Ministro da Defesa não é adepto do serviço militar obrigatório

22 fev, 2019 - 17:27

"Eu não sou favorável à questão do serviço militar obrigatório, mas sou muito favorável a que os portugueses conheçam melhor as Forças Armadas", diz o ministro Gomes Cravinho.

A+ / A-

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou, esta sexta-feira, que não é favorável ao serviço militar obrigatório (SMO), admitindo que a solução para resolver o problema das Forças Armadas poderá ser outra.

"Eu não sou favorável à questão do serviço militar obrigatório, mas sou muito favorável a que os portugueses conheçam melhor as Forças Armadas", afirmou João Gomes Cravinho.

O ministro da Defesa falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura dos protocolos de cooperação para a implementação do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz, que decorreu em Alcains, Castelo Branco, e envolveu os 11 municípios do distrito.

Gomes Cravinho sublinhou que é salutar que haja debate sobre a questão do SMO, mas admitiu que não está convencido que essa seja a solução para questões relacionadas com os efetivos das Forças Armadas.

"Temos um conjunto de respostas que estamos a desenvolver para que haja mais recrutamento. Devo dizer que esta é uma questão que não se coloca apenas em Portugal. Na generalidade dos países europeus verifica-se o mesmo", sustentou.

Questionado sobre as recentes declarações proferidas pelo Inspetor Geral do Exército, major-general Luís Nunes da Fonseca, perante os deputados da comissão de inquérito ao furto de material de guerra dos paióis de Tancos, que admitiu ser um "facto que houve alguma falta de cumprimento de deveres", Gomes Cravinho disse que as questões sobre essa matéria "estão onde devem estar".

"As questões relacionadas com esse evento estão onde devem estar, que é na esfera judicial, por um lado, e na comissão parlamentar de inquérito. Não fazem parte do dia a dia das Forças Armadas que são a minha preocupação", frisou.

Gomes Cravinho realçou ainda que está "muito satisfeito" em verificar que as Forças Armadas, hoje em dia, estão plenamente concentradas nas suas missões e não em olhar para "eventos que foram lamentáveis", mas que estão ultrapassados.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    23 fev, 2019 Viseu 09:49
    O Ministro da Defesa deve demitir-se.
  • Anónimo
    22 fev, 2019 22:22
    E tu, João Almeida, fizeste a tropa? Hipócrita é o que tu és! Como se não bastasse seres um defensor da escravatura em pleno século XXI!
  • Joao Almeida
    22 fev, 2019 Aveiro 17:53
    Eu não sou favorável à questão do serviço militar obrigatório, mas sou muito favorável a que os portugueses conheçam melhor as Forças Armadas.....como é que podem conhecer se não tiverem tido a experiência o que ser militar mesmo que seja um período curto senhor ministro fez a tropa?

Destaques V+