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Novo atraso. Comboios entre Caíde e Marco de Canaveses só em Março

22 fev, 2019 - 16:57

Estava previsto que os comboios voltassem a circular naquele troço da Linha do Douro a partir de terça-feira. A electrificação destes 14 quilómetros de linha estão em "pára-arranca" há 10 anos.

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A obra de eletrificação da Linha do Douro sofreu novo atraso e o retomar da circulação de comboios entre Caíde e Marco de Canaveses prevista para terça-feira, continuará suspensa, pelo menos, até ao final de Março

Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) informa que este atraso de um mês acontece “por dificuldades técnicas derivadas das condições geotécnicas existentes, nomeadamente no interior Túnel de Caíde”.

Fonte da IP disse à Renascença que, internamente, esta decisão está tomada há mais de uma semana.

Assim, durante mais um mês, os utentes da CP serão obrigados a utilizar os autocarros de substituição disponibilizados pela empresa, obrigando a dois transbordos e um prolongamento de uma hora na viagem.

Se a este atraso não se somar outro, a electrificação entre Caíde e o Marco estará concluída no final de Março, mas será necessário mais um mês para testes e certificação da via. A confiar no calendário agora actualizado, será no início de Maio que os comboios eléctricos ligarão directamente Porto e Marco de Canaveses.

Na origem do problema, conforma explica o comunicado da IP, estão as intervenções no túnel de Caíde. A complexidade dessa parte da obra tem vindo a surpreender os engenheiros da IP e os próprios empreiteiros. Aliás, foi por incapacidade do empreiteiro anterior que a empresa gestora da rede ferroviária nacional decidiu denunciar o contrato. Nessa altura, a obra estava concluída a 80%.

Inicialmente, estava prevista apenas a electrificação da linha, mas a IP foi surpreendida pelo avançado estado de degradação de toda a estrutura (carris, travessas e balastro). Decidiu, por isso, avançar para uma renovação integral de via.

Todavia, as viagens de comboio não vão ser mais rápidas. As velocidades máximas permitidas manter-se-ão entre os 80 e os 90 km/h, uma vez que a IP decidiu ficar-se pela manutenção da infraestrutura em vez de a modernizar de forma mais aprofundada.

A electrificação destes 14 quilómetros de linha estão em "pára-arranca" há 10 anos.

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