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​Nicolás Maduro prolonga Carnaval e anuncia bónus

21 fev, 2019 - 01:17

Festa do Carnaval começa a 28 de fevereiro, na Venezuela, numa altura em que o regime de Maduro está a ser desafiado pelo Presidente interino, Juan Guaidó.

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, antecipou o início do Carnaval para 28 de fevereiro e anunciou o pagamento de um bónus económico carnavalesco.

"Declaro dias de feriado nacional e Carnaval a quinta-feira, 28 de fevereiro, e a sexta-feira, 1 de março, para prolongar esta festa cultural", disse Nicolás Maduro.

O Presidente da Venezuela falava no Complexo Agroindustrial Ezequiel Zamora, em Yare, Los Valles del Tuy (a sul de Caracas, a capital do país), durante uma iniciativa sobre "trabalho produtivo", transmitido em simultâneo e de forma obrigatória através das rádios e televisões do país.

Nicolás Maduro anunciou ainda o pagamento de um bónus económico aos venezuelanos titulares do cartão da pátria, promovido pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo).

"O bónus do cartão da pátria deve ser pago em 27 de fevereiro, em celebração da festa de Carnaval e da cultura venezuelana", acrescentou.

O cartão da pátria foi criado no início de 2017 para melhorar a distribuição de alimentos à população através das comissões de abastecimento e produção (CLAP).

As medidas são anunciadas um dia depois de Maduro ter desafiado o Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, a convocar eleições presidenciais antecipadas.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Antes do espoletar da crise venezuelana, o representante diplomático de Caracas constante da lista de corpo diplomático acreditado em Portugal é Lucas Rincón Romero, que apresentou credenciais em 24 de outubro de 2006.

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