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​Putin admite hipótese de a Rússia ser desligada da internet

20 fev, 2019 - 22:55

Presidente russo avisa que se os Estados Unidos instalarem mísseis junto às suas fronteiras, vai responder na mesma moeda e desenvolver armamento com maior alcance.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, admite a possibilidade de a Rússia deixar de estar ligada globalmente à internet.

O país tem que estar preparado para possíveis tentativas do Ocidente para negar a ligação e tem que criar os seus segmentos próprios na web, defendeu Putin ,o final do discurso anual do estado da nação.

"Eu acho que eles [os países estrangeiros] vão pensar cuidadosamente antes de fazerem isso, mas há uma possibilidade teórica" de a Rússia ficar desligada, disse o chefe de Estado.

"É por isso que devemos criar segmentos que não depensam de ninguém", sublinhou.

O Presidente russo defendeu que a Rússia deve desenvolver e fazer investimentos na área do digital, "uma das principais áreas de desenvolvimento do mundo", e que não tem intenção de desligar o país do mundo global, mas que o importante é reforçar a soberania do país.

"Quanto mais soberania, incluindo em território digital, melhor", sublinhou.

Putin avisou que se os Estados Unidos instalarem mísseis junto às suas fronteiras, vai responder na mesma moeda e desenvolver armamento com maior alcance.

No discurso anual sobre o estado da nação, Vladimir Putin prometeu que os russos vão sentir já este ano melhorias no nível de vida e uma das primeiras medidas do seu Governo será o aumento dos pagamentos sociais para apoiar as famílias jovens.

O Presidente russo prometeu ainda reduções fiscais, taxas de hipoteca mais baixas e subsídios de moradia para famílias com vários filhos.

O líder russo também enfatizou a necessidade de combater a pobreza, dizendo que 19 milhões dos cerca de 147 milhões de habitantes da Rússia vivem abaixo da linha oficial da pobreza, atualmente o equivalente a cerca de 160 dólares (141 euros) por mês.

O discurso do Presidente russo aos parlamentares russos foi o primeiro desde a sua reeleição em março de 2018, para um quarto mandato que termina em 2024 e que deve ser seu último de acordo com a Constituição.

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