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Cerca de 40% dos casos vistos nas urgências são pouco ou nada urgentes

17 fev, 2019 - 11:43 • Lusa

Dados relativos a 2018, ano em que, segundo o Ministério da Educação, houve uma ligeira subida de atendimentos nas urgências.

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Cerca de 40% dos atendimentos em urgência nos hospitais públicos no ano passado foram considerados pouco ou nada urgentes, sendo quase 2,2 milhões de casos, segundo dados oficiais.

Os números das urgências por triagem de Manchester, que determina o grau de prioridade clínica, indicam que quase 2,2 milhões dos atendimentos receberam pulseira verde ou azul, sendo considerados pouco urgentes ou não urgentes, segundo dados disponíveis no portal da Transparência do SNS analisados pela agência Lusa.

A atribuição do verde e do azul como prioridade clínica significa que os utentes poderiam ser encaminhados para outros serviços de saúde, como os cuidados primários.

Os 40% de atendimentos em urgência hospitalar que em 2018 não foram considerados realmente urgentes aquando da triagem estão em linha com a proporção que se tem verificado nos últimos anos.

O Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira números que exibem que as urgências hospitalares registaram uma subida ligeira em 2018, num total de 6,36 milhões de atendimentos, depois de no ano de 2017 se ter verificado uma redução.

A análise da agência Lusa aos dados do portal do SNS sobre a proporção na atribuição de prioridades teve em conta os 5,5 milhões de atendimentos com uma das cinco cores da triagem de Manchester, uma vez que há casos sem pulseira atribuída e outros com pulseira branca (recebidos por razões administrativas ou casos clínicos específicos).

As cores da triagem de Manchester são vermelho (emergente), laranja (muito urgente), amarelo (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente).

Os dados de 2018 mostram que a cor amarela foi a pulseira mais vezes atribuída nas urgências no ano passado, com 2,6 milhões de atendimentos.

A atribuição de prioridade laranja – casos muito urgentes – foi dada a menos de 600 mil atendimentos num total de 6,3 milhões, enquanto a vermelha foi atribuída em 20.500 casos.

De acordo com os números do portal do SNS, houve ainda no ano passado mais de 700 mil atendimentos sem triagem de Manchester efetuada e cerca de 160 mil casos com atribuição de pulseira branca.

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  • Dinis
    18 fev, 2019 Porto 00:26
    E quem é que decide a cor da pulseira??
  • FIlipe
    17 fev, 2019 évora 16:45
    Ainda bem que seja assim , as pessoas não são médicas e precisam de saber que não são urgentes mas tem algo na saúde , caso eram mandadas embora com receita a zero medicamentos . Se passaram medicamentos é porque valeu apenas irem às urgências . As urgências não servem só para gente em fim de vida nem feita em bocados ... é para isso que pagam aos médicos . Agora , falarem dos Centros de Saúde é como falarem dos acampamentos em África do 3ª Mundo , não tem os mínimos para atenderem doentes , e talvez esses utentes da pulseira verde ainda eram mandados para os hospitais para despistarem por meios de diagnóstico algo que não detetam ou não sabem detetar . Os centros de saúde são para consultas programadas , vacinas e cuidados de enfermagem ... mais é pedirem a um suíno que pedale na bicicleta .

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