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António Costa: “A Europa foi o nosso primeiro amor e nunca duvidamos dele"

16 fev, 2019 - 20:22 • Eunice Lourenço , Susana Madureira Martins

António Costa formalizou a escolha de Pedro Marques para liderar lista às europeias de Maio, que considera serem as mais importantes de sempre

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O primeiro-ministro, António Costa, considera que as próximas eleições europeias são as mais importantes de sempre. “É necessário votar para defender a Europa daqueles que a ameaça”, disse o líder socialista no encerramento da convenção europeia que decorreu este sábado em Gaia, onde quis deixar claro o compromisso europeu dos socialistas.

“A Europa foi o nosso primeiro amor e nunca duvidamos dele, em todas as circunstancias. Mesmo nas horas mais difíceis da troika, no PS nunca ninguém duvidou que era na Europa que devíamos estar”, garantiu o primeiro-ministro, num discurso de 40 minutos, que terminou com o anúncio de Pedro Marques como cabeça de lista às eleições europeias.

Costa começou o seu discurso por apresentar Portugal como um “país aberto ao mundo, disponível para acolher gente dos países de língua portuguesa, da Moldávia ou da Síria.

Depois, desfiou o que considera serem os êxitos do seu Governo, aproveitando para se meter com Mário Centeno, que tinha discursado a meio da tarde.

“Tivemos o melhor défice da democracia em 2018, vamos ter ainda melhor em 2019 e não revelei o segredo que em 2020 ainda vamos ter mais baixo”, gracejou, projetando continuar a governar na próxima legislatura.

“Mais importante que os resultados da economia é o que isto traduz na vida das pessoas”, continuou dizendo que há menos 180 mil pessoas na pobreza do que há três anos, que houve uma grande redução do abandono escolar precoce e mais 341 mil empregos. “É esse o caminho que temos de prosseguir, o caminho que iniciamos e temos de dar continuidade” continuou Costa.

“Para isso, a Europa é absolutamente essencial e estas eleições europeias são porventura as eleições europeias mais importantes desde que cada um de nós tem direito a votar”, afirmou o primeiro-ministro, lembrando que estas serão as primeiras eleições em que votam cidadãos nascidos no século XXI.

“A Europa que lhes vamos entregar é a Europa que continua a viver em paz, a Europa da liberdade e da democracia”, continuou falando de uma Europa que enfrenta ameaças internas, como o fecho de fronteiras de alguns países ou os ataques à liberdade de expressão e de educação; e externas, como o terrorismo, as ameaças de uma guerra comercial com os EUA e o fim do acordo nuclear entre americanos e russos.

“Estão a ameaçar a democracia tal como a conhecemos na Europa. Só temos uma resposta perante estas ameaças: defender a Europa. É necessário votar para defender a Europa daqueles que a ameaçam”, defendeu Costa, passado à apresentação da sua escolha para cabeça de lista.

Pedro Marques, o segredo mais mal guardado

Nessas eleições importantes e em que vota pela primeira vez a geração nascida no século XXI, António Costa acha que é tempo de dar protagonismo a gerações abaixo da sua. E anunciou o segredo mais mal guardado dos últimos tempos: a escolha de Pedro Marques para liderar a lista às eleições de 26 de maio.

O líder socialista elogiou Francisco Assis, mas justificou que o PS tem a tradição de não repetir cabeças de lista nas europeias. E desfiou toda a experiencia política de Pedro Marques, ainda ministro do Planeamento e Infraestruturas: alguém com provas dadas no Governo, com conhecimento do país real e das instituições europeias.

E Pedro Marques lá subiu ao palco para o discurso de agradecimento pela escolha e de lançamento da batalha política, lançando-se desde já no ataque a Paulo Rangel, o cabeça de lista do PSD que ainda este sábado o criticou por ter usado o cargo ministerial para fazer pré-campanha.

“Há três anos, pediam sanções e punham em causa os esforços de Portugal para sair do procedimento por défices excessivos. Agora vêm pedir o voto dos portugueses”, disse Pedro Marques, referindo-se ao passeio que, na sexta-feira, Rangel fez no Porto com Manfred Weber, o candidato da direita a presidente da Comissão.

Já Pedro Marques prefere estar ao lado do Frans Timmerman, o candidato dos socialistas a presidir à Comissão e que também esteve nesta convenção.

“A Europa está numa encruzilhada. Uma encruzilhada em que é preciso escolher um só caminho. Escolher entre a Europa dos populistas ou a Europa dos progressistas. Dos nacionalistas ou dos europeístas. Aqui no PS, não está a Europa da troika, nem a Europa do Brexit”, afirmou Pedro Marques, que quer “um novo contrato social para a Europa”, com mais emprego, menos desigualdades e contas certas.

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  • JULIO
    17 fev, 2019 vila verde 20:49
    Não tensvergonha mas a culpa não é tua és nogento

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