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Caso Skripal

Bulgária investiga possível uso de Novichok contra negociador de armas em 2015

11 fev, 2019 - 15:29 • Reuters

Autoridades búlgaras acreditam que Emilian Gebrev pode ter sido alvo de um ataque químico levado a cabo por um agente russo suspeito de ligações à tentativa de homicídio de Sergei Skripal em 2018, em Inglaterra.

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A Bulgária está a investigar uma possível ligação entre o ataque a um ex-espião russo em Inglaterra, em 2018, e o envenenamento de um negociante de armas em Sófia, em 2015.

O procurador-geral da Bulgária, Sotir Tstatsarov, disse esta segunda-feira que Sergei Fedotov, um dos suspeitos de tentar mantar o ex-espião Sergei Skripal com recurso ao agente químico nervoso Novichok, visitou a Bulgária três vezes em 2015, incluindo na altura em que Emilian Gebrev foi envenenado.

O Reino Unido já acusou dois agentes secretos russos de tentarem matar Sergei Skripal e a sua filha, Yulia, em Salisbury, Inglaterra. Em outubro de 2018, um site russo avançara que Fedotov seria um terceiro agente envolvido no ataque no Reino Unido.

O procurador Tsatsarov diz que as autoridades búlgaras já conseguiram reunir uma quantidade significativa de informação sobre as viagens de Fedotov à Bulgária e que reabriram a investigação sobre o envenenamento de Gebrev.

“Estamos a tentar perceber todos os momentos em que ele esteve em território búlgaro, os hotéis em que ficou, os veículos que usou, os contactos com cidadãos búlgaros”, disse Tsatsarov.

O Reino Unido já confirmou que os Skripal foram envenenados com Novichok, um agente químico muito perigoso, e banido ao abrigo de acordos internacionais, que foi desenvolvido pela União Soviética durante a Guerra Fria. Depois de conhecer o caso do Reino Unido, Gebrev disse às autoridades búlgaras que desconfiava que o veneno usado no seu caso tinha sido semelhante. Na altura não foi possível determinar a fonte do envenenamento de Gebrev.

A Rússia nega qualquer envolvimento nestes casos e o Reino Unido diz que vai olhar para os factos destas novas alegações.

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