01 fev, 2019 - 07:43 • Redação com Lusa
Já se fazem sentir os efeitos da tempestade "Helena", mas sem consequências signficativas. De acordo com informação divulgada na página da Internet da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), até às 8h25 desta sexta-feira foi registado um total de 57 ocorrências, que mobilizaram 90 operacionais, com o apoio de 75 veículos. As ocorrências registadas dizem respeito a quedas de árvore e estruturas, movimento de massas e inundações.
As ocorrências foram registadas nos distritos de Viseu (10), Vila Real (4), Viana do Castelo (10), Setúbal (2), Porto (8), Portalegre (1), Lisboa (2), Leiria (2), Coimbra (3), Braga (4), Beja (3) e Aveiro (6).
As condições meteorológicas devem agravar-se esta sexta-feira. Há previsão de chuva, neve, vento e agitação marítima forte. Está previsto vento forte de noroeste, com rajadas até 75/85 km/h no litoral, que deverão atingir valores da ordem de 110 km/h a norte do cabo Mondego e nas terras altas do Minho e Douro litoral e da região Centro.
Devido à passagem de uma massa de ar polar pós-frontal fria, prevê-se ocorrência de aguaceiros que poderão ser localmente intensos, de granizo e acompanhados de trovoada, e sob a forma de neve nas terras altas.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê ainda uma descida da temperatura, o que associado ao vento forte aumentará o desconforto térmico.
Há também previsões de queda de neve acima dos 600 a 800 metros (nordeste trasmontano) e até 800 metros nas restantes formações montanhosas no Norte e Centro (podendo ainda atingir a serra de S. Mamede), até final da manhã desta sexta-feira.
Vários distritos da costa ocidental de Portugal continental estão hoje sob aviso vermelho, o mais grave, devido à previsão de agitação marítima, o que levou já ao encerramento de oito barras, segundo o IPMA e a Marinha. A ondulação pode exceder sete metros e picos máximos até 15 metros (com forte rebentação na costa). O período mais crítico será entre as 12h00 e as 21h00 desta sexta-feira.
A Proteção Civil aconselha a população a adotar medidas preventivas e de autoproteção, nomeadamente garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas, adoção de uma condução defensiva, redução da velocidade e ter especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas estradas.
O mau tempo que está a fazer-se sentir em Portugal continental deve-se aos efeitos da depressão “Helena”, centrada a noroeste do golfo de Biscaia, Espanha.
[notícia atualizada às 9h54]