01 fev, 2019 - 02:23
Um serviço religioso para tentar evitar a deportação de uma família terminou ao fim de 96 dias, na Holanda. O objetivo foi alcançado.
A maratona chegou ao fim depois de o Governo garantir que os Tamrazyan serão incluídos num processo de amnistia extraordinário que vai abranger cerca de 700 casos, disse o pastor da Igreja de Bethel, Derk Stegeman.
“A igreja tornou-se na minha casa”, disse aos jornalistas a jovem Hayarpi Tamrazyan, de 21 anos, que estuda na Universidade de Tilburg e que pode agora voltar à sua vida normal.
Nos últimos meses, o templo acolheu Hayarpi, o pai Sasun, a mãe Anousche e os irmãos Warduhi e Seyran.
“Passámos por momentos tristes, mas também passámos por momentos bonitos. A Igreja de Bethel é agora, para mim, um lugar especial, mas estou feliz por poder sair para a rua e poder continuar a construir o meu futuro”, salientou.
O serviço religioso na Igreja Bethel, na Holanda, começou às 13h30, do dia 26 de outubro, e terminou agora.
Os Tamrazyan, que iam ser deportados para a Arménia, procuraram abrigo na igreja. Enquanto a celebração não terminasse as autoridades não os podiam deter.
Dezenas de pastores evangélicos e clérigos de outras confissões religiosas revezaram no serviço religioso, numa colaboração verdadeiramente ecuménica, para tentar impedir a deportação de uma família para a Arménia.
Os Tamrazyan estão na Holanda há oito anos e inicialmente foi-lhes concedido asilo político. Alegam que as atividades políticas do pai de família tornam perigoso o seu regresso ao país de origem. O Governo holandês, contudo, recorreu três vezes da decisão até que um tribunal ordenou a repatriação da família, composta pelo casal e os três filhos.