23 jan, 2019 - 15:26 • Redação
O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, considera que o videoárbitro não evoluiu, em Portugal.
O dirigente minhoto vê a questão do VAR "como a do copo meio cheio e meio vazio", porque por um lado, "Portugal foi pioneiro no VAR". Por outro, "porque entretanto o tempo foi passado, foram adotadas ferramentas e Portugal ficou parado".
"Falo principalmente na questão da linha de baliza e na linha do fora de jogo. É essencial que se aposte nisto e com urgência, para darmos mais credibilidade ao jogo. Depois de vários países terem adotado ferramentas para ajudar a equipa de arbitragem, Portugal não o fez", apontou o presidente do Braga, esta quarta-feira, à margem da cimeira de presidentes.
No final do Benfica 1-3 FC Porto, a primeira meia-final da Taça da Liga, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, mostrou-se bastante crítico relativamente à atuação do videoárbitro. António Salvador demarcou-se do líder encarnado: "Não tenho nada que partilhar as preocupações do presidente do Benfica. Isto da aposta na nova tecnologia tem de ser feita de forma urgente e é isso que estamos a discutir."
António Salvador sabe que as inovações tecnológicas têm "um custo elevado" para a Federação. No entanto, insistiu que "é preciso investir e resolver isto de uma vez por todas".
"Não adianta andar a distribuir dinheiro para os clubes e depois dizer que o estádio não tem condições para essas ferramentas. Façam as obras que têm de fazer para criar condições para trazer verdade desportiva ao futebol português. Em vez de fazerem contratações, que façam obras. Se é preciso investir, há que investir. Se os estádios não têm condições, que façam obras", atirou.
Para o jogo com o Sporting, segunda meia-final da Taça da Liga, foi escolhida uma equipa de arbitragem chefiada por Manuel Oliveira e sem internacionais. Algo que não preocupa Salvador, que manifestou confiança- "Quero que no fim do jogo se fale de um grande jogo de futebol", vincou.