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​Passo atrás no Brexit

18 jan, 2019 - 15:13

No Visto de Bruxelas, em que lançamos um olhar sobre a semana que passou, espaço dominado pelo Brexit depois do chumbo no Parlamento britânico do plano acordado com Bruxelas. Tempo, ainda, para conhecer o plano de contingência do Governo português e para dar um salto à Polónia, onde esta semana foi assassinado o autarca de Gdansk, naquilo que pode ser visto como “um aviso à Europa”.

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Visto de Bruxelas (18/01/2019)

O “plano B” de Theresa May vai ser discutido e votado no fim do mês, no dia 29. Enquanto isso, em Portugal, o Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros o plano de contingência que pretende minimizar os efeitos do Brexit nos cidadãos e nas empresas. Resumindo, o Governo mantém os mesmo direitos que tinham até agora os cidadãos do Reino Unido, acesso ao SNS e direitos sociais. Para os turistas, vai ser criado um corredor especial nos aeroportos de Faro e do Funchal e está previsto um reforço de 60 funcionários para as alfândegas. Quanto às empresas, vai ser criada uma linha de apoio de 50 milhões de euros, o IAPMEI vai criar um mecanismo de atendimento específico para as PME e o Governo vai ainda reforçar os serviços consulares no Reino Unido para salvaguardar os direitos dos cerca de 400 mil cidadãos portugueses que lá vivem e trabalham.

Entretanto, a Europa está em “stand by”, à espera de uma decisão do Reino Unido. Mas aumentam as preocupações perante uma saída sem acordo. Na Alemanha, a Chanceler Angela Merkel diz que o país está preparado, mas a indústria alemã antevê um cenário caótico, segundo relata o correspondente da Renascença em Berlim, Guilherme Correia da Silva.

Gdansk: um assassinato com leituras políticas?

Caso que marcou a semana foi o do assassinato do presidente da Câmara de Gdansk, na Polónia. Pawel Adamowicz, de 53 anos, foi atacado no domingo à noite durante um evento público. O autarca liberal foi um dos rostos principais da oposição ao actual Governo ultraconservador. Durante os 20 anos que esteve à frente da Câmara Municipal, a cidade de Gdansk tornou-se uma das mais inovadoras do país e, como liberal e europeísta, não hesitou em declarar Gdansk como “cidade aberta aos refugiados”, contrariando assim a política do Governo polaco. De resto, a própria imprensa europeia diz que este assassinato é o resultado de um discurso de ódio e um aviso à União Europeia.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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