18 jan, 2019 - 18:29 • Pavlo Sadokha, Nataliia Varha, Vasyl Bochko, Mykola Shymonyak, Olesya Zaruma, Yuri Kondra e outros 94 signatários
Em declarações à Renascença, Hillarion Alfeev, secretário geral do Departamento Externo da Igreja Ortodoxa Russa, cataloga a guerra e ocupação de parte da Ucrânia por militares russos como um mero "conflito civil", acusando os greco-católicos ucranianos de usarem uma "...retórica agressiva que frequentemente assume um caráter anti-ortodoxo" e de que a sua [dos católicos] "...expansão para o leste da Ucrânia" não vai "...trazer paz, nem harmonia, nem reconciliação. Pelo contrário, vemos muitos conflitos a surgir por causa desta expansão".
Estas palavras do Metropolita Ortodoxo Russo causaram forte indignação junto da comunidade ucraniana e greco-católicos ucranianos em Portugal, pelo despropósito da insinuação feita e pela "mistura" de assuntos religiosos com política internacional do Estado russo, sendo falsas, revelando intolerância religiosa e sendo tendentes a criar divisões, ódio religioso e apropriadas a reprimir, desincentivar e coagir os ucranianos do leste da Ucrânia a exprimir, praticar e manifestar livre e publicamente a sua fé.
As acusações do dirigente religioso ortodoxo russo contra uma das igrejas católicas são um insulto ao conjunto da Igreja Católica, nos seus ritos latino e oriental, sendo ainda ofensivas dos sentimentos nacionais e religiosos dos ucranianos, mostrando que, na guerra da Rússia contra a Ucrânia, a Igreja Ortodoxa Russa afasta o princípio da separação entre Igreja e Estado, assumindo o papel de propagandista ideológica e apoiante dos atos de agressão contra outras nações e religiões.
Após as declarações injuriosas do dignatário ortodoxo russo, como vão os portugueses tratar os ucranianos e católicos do rito Bizantino em Portugal? Como fãs-agressores religiosos? Exige-se a retratação da Igreja Ortodoxa Russa por tais insinuações caluniosas e que expresse respeito pelos ucranianos, pelo seu país, fé, convicções e liberdade religiosa.