16 jan, 2019 - 09:51 • Redação
As baixas temperaturas e a falta de acesso a cuidados médicos provocaram a morte de morte de, pelo menos, 15 crianças na Síria. A UNICEF avança que 13 tinham menos de um ano.
Segundo a nota do Fundo das Nações Unidas para a Infância, pelo menos oito crianças morreram em Rokbane, um campo de deslocados no sul da Síria, enquanto outras sete morreram enquanto as suas famílias fugiam de um bastião jihadista no leste do país.
“As condições de vida duríssimas em Rukban, na zona sudoeste da fronteira da Síria com a Jordânia, estão a deixar cada vez mais crianças em risco de vida”, pode ler-se.
Na Síria oriental, a violência na zona de Hajin, em Deir-Ez-Zor, obrigou à deslocação de um total estimado de cerca de 10.000 pessoas desde Dezembro. As famílias que procuram segurança têm dificuldade em sair da zona de conflito e esperam ao frio durantes dias sem acesso a abrigos ou artigos básicos.
“As vidas dos bebés continuam a ser interrompidas por problemas de saúde que podem ser evitados ou tratados. Não há desculpas para isso no século XXI”, disse Geert Cappelaere, diretor regional da UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África.
Sem cuidados médicos, proteção e abrigo acessíveis e confiáveis, mais crianças morrerão dia após dia em Rokbane, Deir Ezzor e em outros lugares na Síria. “A história irá julgar-nos pelas mortes absolutamente evitáveis”, sublinhou Cappelaere.
A nota da UNICEF termina a apelar às partes envolvidas para que cedam passagem segura a todas as famílias e que permitam o acesso a assistência médica vital para as suas crianças em Hajin e noutras zonas da Síria.
O conflito que assola a Síria desde 2011 fez mais de 360 mil mortos e causou uma crise humanitária, deixando milhões de deslocados internos e refugiados no exterior.
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