Tempo
|
A+ / A-

Negrão quer bancada do PSD como “referência de estabilidade” e aguarda por ouvir Montenegro

11 jan, 2019 - 13:35 • Lusa

“Não esperem do presidente do grupo parlamentar palavras de divisão”, avisa Fernando Negrão.

A+ / A-

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, disse, esta sexta-feira, pretender que a bancada do partido continue a ser “uma referência de estabilidade”, recusou “palavras de divisão” e disse aguardar “com expectativa” a intervenção de Luís Montenegro.

“O líder parlamentar deve ser um referencial de estabilidade, tenho sido ou tentado ser esse referencial e quero continuar a ter essa atitude e que o grupo parlamentar seja uma referência de estabilidade”, afirmou Negrão, questionado pelos jornalistas sobre a situação interna do PSD, no final do debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, em Lisboa.

“Não esperem do presidente do grupo parlamentar palavras de divisão”, acrescentou.

Questionado se este é o momento indicado para uma disputa interna, Negrão respondeu: “Veremos o que dirá Luís Montenegro. Nessa altura tiraremos conclusões”.

O líder parlamentar escusou-se a comentar cenários de eleições antecipadas no PSD, dizendo não saber o que vai dizer hoje o antigo presidente da bancada social-democrata.

“A posição do líder parlamentar é aguardar com expectativa a intervenção e as palavras do doutor Luís Montenegro”, afirmou.

Negrão negou que os deputados do PSD estejam nervosos – como sugeriu hoje o primeiro-ministro no debate quinzenal -, mas admitiu que a vida política “é baseada na imprevisibilidade” e considerou que “partidos inquietos” são “um bom sinal”.

Luís Montenegro falará hoje às 16:00, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e deverá apresentar a sua disponibilidade para se candidatar à liderança do PSD e pedir eleições antecipadas.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    12 jan, 2019 Lisboa 11:45
    A "divisão" já aí está e há mais de 1 ano. Só apareceu publicamente agora e sob falsos pretextos, porque só agora é que se começam a elaborar as listas para as Eleições de 2019 e há muita gente ligada ao aparelho partidário e que vive da política, que não vai fazer parte dessas listas e está com mêdo de perder o tacho. O PSD precisa de quem o reconduza à matriz Social-Democrata e dispute o Centro que deixou resvalar para o PS. Precisa de reconquistar o seu eleitorado - pequenos patrões e empresários, largas franjas da Função Pública e classe média, reformados e pensionistas que se afastaram do PSD por via da deriva direitolas e massacrante de Passos Coelho e companhia. Montenegro além de aparelhista, foi um dos que apoiou Passos Coelho. Não é com ele que o PSD se reconcilia com a sua matriz e o seu eleitorado, pois de PAF's estamos fartos.

Destaques V+