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Macron garante justiça face a "extrema violência" dos coletes amarelos

06 jan, 2019 - 08:54 • Lusa

Em Paris, 101 pessoas foram detidas e 103 interrogadas pela polícia. O porta-voz do governo francês, Benjamin Griveaux, teve de ser retirado do seu gabinete depois de uma violenta entrada com uma retroescavadora no edifício.

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"Coletes amarelos". Tensão e chamas voltam às ruas de Paris
"Coletes amarelos". Tensão e chamas voltam às ruas de Paris

O presidente francês, Emmanuel Mácron, garantiu que a “justiça será feita” face à “extrema violência” contra a República depois de, no sábado 50 mil “coletes amarelos” terem saído à rua, causando desacatos em vários pontos do pais.

Na rede social Twitter, o governante notou como “mais uma vez, uma extrema violência atacou a República – os seus guardiões, os seus representantes, os seus símbolos”, depois de manifestantes terem tentado forçar a entrada em vários ministérios, em Paris.

“Os que cometem estes atos esquecem o coração do nosso pacto cívico. Justiça será feita”, garantiu Macron, apelando a que todos voltem ao caminho de promoção do debate e do diálogo.

O denominado VIII ato dos “coletes amarelos”, em França, contou com 50 mil participantes, passando a deter o recorde de manifestantes, que têm exigido alterações nas políticas e causado inúmeros distúrbios.

O ‘pico’ dos protestos tinha sido registado no último fim-de-semana, com 32 mil pessoas, segundo os números oficiais do ministério francês do Interior, que desdramatizou os dados.

“Cinquenta mil são um pouco mais do que uma pessoa por comuna em França. Essa é a realidade do movimento dos “coletes amarelos” hoje. Pode-se ver que não é um movimento representativo em França”, disse o ministro do Interior, Christophe Castaner, que também condenou os confrontos que surgiram à margem das manifestações.

O anterior balanço, feito pelas 15h00 locais (14h00 de Lisboa), referia 25 mil pessoas em toda a França, segundo a polícia.

A autarquia de Paris referiu que um total de 101 pessoas foram detidas em Paris e 103 interrogadas pela polícia.

Na capital francesa, o porta-voz do Governo francês, Benjamin Griveaux, foi retirado do seu gabinete, em Paris, depois de uma violenta entrada com uma retroescavadora no edifício localizado na rua de Grenelle.

Os confrontos entre as forças de segurança e manifestantes, nesta oitava mobilização repetiram-se por várias cidades francesas, como nas localizadas a Oeste: Ruão, Caen e Nantes, enquanto em Rennes um grupo destruiu uma porta de acesso à autarquia.

Para sudoeste no mapa do país, cerca de 4.600 "coletes amarelos" marcharam nas ruas de Bordéus, onde o nível de mobilização se mantém alto e mais uma vez se repetiram confrontos entre manifestantes e forças da ordem.

Com a chegada da noite, a polícia interveio e deteve várias pessoas, havendo o registo de várias montras partidas.

O Governo francês acusou na sexta-feira o movimento dos "coletes amarelos" de estar a ser instrumentalizado por grupos de agitadores que pretendem derrubar o executivo.

Comentários
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  • xico
    06 jan, 2019 portimao 11:59
    Macron produto da comunicação social apos abate de FILON pela mesma não conhece os franceses e suas dificuldades anseios e visão do País.Quanto mais agressivo for maior será a resposta.O combustível colide com quem o usa ,camionistas ,retroescavadoras etc.Uma guerra civil entre forças regulares e retroescavadoras,camionistas e classe media agudiza-se.Vai Macron atirar sobre manifestantes????????????Falhou e só novas eleições resolverão problema.
  • Sasuke Costa
    06 jan, 2019 11:43
    Justiça?

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