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Acusada de espalhar "notícia falsa", ministra reafirma: houve proposta de 500 euros/hora por anestesista

27 dez, 2018 - 11:21 • Redação

A Renascença avançou que a urgência da Alfredo da Costa estaria encerrada na véspera e dia de Natal por ter apenas um anestesista escalado.

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Após a ministra da Saúde ter referido a existência de uma proposta para contratar um anestesista por 500 euros/hora e da indignação da Ordem dos Médicos, surge o esclarecimento da tutela. O Ministério da Saúde reafirma a “veracidade das declarações” de Marta Temido.

A Renascença avançou que a urgência da Maternidade Alfredo da Costa estaria encerrada na véspera e no dia de Natal por ter apenas um anestesista a escalado. Mais tarde, a ministra da Saúde disse que esta situação demonstra a necessidade de ter um Serviço Nacional de Saúde com profissionais em dedicação exclusiva, assegurando que o conselho de administração da MAC pagaria os 500 euros à hora pedidos para a prestação de serviços de anestesia, "mas sucede que não foi possível recrutar um segundo elemento" para a maternidade.

Em comunicado enviado à redação, a tutela esclarece que o Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) tentou contratar um anestesista junto de empresas prestadoras de serviços, para garantir escala da MAC a 24 e 25 de dezembro.

Uma das respostas enviadas referia que os “vários especialistas contactados não estavam disponíveis para trabalhar pelos valores propostos (cujos valores de referência constam do despacho 3027/2018) e incluía ainda a disponibilidade de um anestesista mediante o pagamento de 500 euros por hora”.

O mesmo texto sublinha que “foram feitos todos os esforços para garantir a segurança e qualidade dos cuidados de saúde prestados, articulados em rede com outras unidades hospitalares da região de Lisboa”.

Ao início da manhã,Ordem dos Médicos negou a existência de propostas de contratação de anestesistas a 500 euros à hora na MAC e desafiou a ministra a apresentar documentos de tal proposta.

Comentários
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  • João Lopes
    29 dez, 2018 Viseu 09:45
    Os marxistas, comunistas e socialistas, não olham a meios para atingir os fins. Se é preciso, mentem...
  • Joao
    29 dez, 2018 Lisboa 09:25
    Os Médicos estudam nas Universidades Públicas, pagas pelos contribuintes e depois vão até tirar a pele de quem lhes paga o curso, cobrando quantias exorbitantes de quem precisa recorrer a eles. Os Médicos deveriam pagar o seu curso completo e com juros quando começam a trabalhar e a apresentar o seu IRS o dinheiro que o Estado gastou com eles para obterem os seus cursos de Médicos. Nos Estados Unidos estes profissionais quando começam a trabalhar devilvem ao governo o dinheiro gasto na universidade, caso tenham sido objecto de bolas de estudo.
  • Descrente
    28 dez, 2018 02:22
    País pobre. Tantos impostos para sustentar um estado obeso e incompetente.
  • Anónimo
    27 dez, 2018 20:58
    Tem é que se demitir e já vai tarde!
  • Raul
    27 dez, 2018 Porto 14:53
    Esta não-notícia não honra a tradição jornalística da Renascença, parecendo-se mais com um artigo de propaganda do que com um verdadeiro exercício de jornalismo. Não cita qualquer fonte ou documento que comprove o disparate da senhora ministra. Ignora que a lei não permite o pagamento destas quantiss, pelo que a MAC nunca "pagaria". Ignora a contradição evidente, pois se, por absurdo, a ministra detivesse autoridade para autorizar tal pagamento e existisse a proposta, então teria sido contratado o anestesista para essa noite. Ignora o facto gritante de que, havendo manifesta carência de anestesistas na MAC, no mais recente concurso aberto pelo SNS para contratação de médicos especialistas, não foi prevista nenhuma vaga de anestesia para a MAC. Ignora pois que a ministra ou está totalmente a leste do que se passa no seu ministério ou está a brincar com coisas sérias. Por bem menos fez um pedido de desculpas público aos enfermeiros, pelo que os médicos aguardam agora o mesmo.
  • ANEST
    27 dez, 2018 Braga 13:36
    Se havia uma proposta e a Ministra estava disposta a pagar pq é que não contratou? A lei só permite pagar 40€ (emesmo isso em casos particulares de falta grave)...a ministra ignora a lei? É só aldrabões
  • rebeca
    27 dez, 2018 lisboa 13:03
    A MAC pagaria os tais 500 euros á hora mas mesmo assim não conseguiu arranjar quem aceitasse o que demonstra a saturação dos profissionais perante a pressao constante do MS sobre prfissionais e a sua exaustão.Oferecessem mil e teriam a mesma resposta,abram os concursos paguem o suficiente ou terão desertificaaço do SNS.
  • rebeca
    27 dez, 2018 lisboa 12:51
    A MAC pagaria os tais 500 euros á hora mas mesmo assim não conseguiu arranjar quem aceitasse o que demonstra a saturação dos profissionais perante a pressao constante do MS sobre prfissionais e a sua exaustão.Oferecessem mil e teriam a mesma resposta,abram os concursos paguem o suficiente ou terão desertificaaço do SNS.
  • Farinha
    27 dez, 2018 lisboa 12:44
    A ministra contactou empresa e não médicos.Divulgue-se as notas trocadas .Ver para crer.
  • ECF
    27 dez, 2018 Coimbra 12:27
    Façam o favor de apresentar os documentos. Ao dizer que a ministra falou a verdade terão certamente provas disso. Ou então fazem parte da vergonha. E o senhor jornalista faz parte da vergonha. E esta caça das bruxas vai ter de acabar. A bem ou a mal.

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