26 dez, 2018 - 07:08 • Redação com Reuters
As autoridades norte-americanas anunciaram novos procedimentos médicos nos centros de detenção para imigrantes após a morte de uma criança de oito anos, oriunda da Guatemala, depois de ter sido detida pela autoridade de vigilância das fronteiras, no Novo México.
A criança, que estava detida com o pai desde segunda-feira, foi transportada para um hospital em Alamogordo, no Estado do Novo México, com febre e sintomas de uma constipação. Foi diagnosticada uma gripe e febre, sendo-lhe receitado amoxicilina e ibuprofeno.
No mesmo dia, o menino de oito anos foi enviado de volta para o centro de detenção, mas na noite de 24 de dezembro voltou a sentir-se mal e começou a vomitar. Acabou por ser transferido novamente para o hospital e morreu à meia noite de segunda-feira.
A 8 de dezembro, uma menina de sete anos, também da Guatemala, morreu de desidratação. A criança apresentava igualmente febre e náuseas. Tal aconteceu dois dias após ter atravessado ilegalmente, com a família, a fronteira do México para os Estados Unidos.
Depois destes dois incidentes, as autoridades norte-americanas informaram que introduziram novas medidas nos centros de detenção e prevêem realizar exames médicos a todos os menores até aos dez anos.
Na investigação que está curso, relacionada com a primeira morte, membros do Congressional Hispanic Caucus, composto por democratas de ascendência hispânica, denunciaram as más condições do centro de detenção de Lordsburg. De acordo com o congressista Ben Ray Lujan, não existe água corrente nos centros, há apenas duas casas de banho portáteis e os pais e as crianças são detidas em celas “desumanas”.
No dia de Natal, o Presidente dos Estados Unidos reafirmou a segurança das fronteiras, desejou um feliz Natal a todos, “até aos Fake News Media”, disse que o país estava “a ir muito bem”.