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Pesca. Portugal consegue aumento para as 131 mil toneladas na captura em 2019

19 dez, 2018 - 07:15 • Redação com Lusa

Ministra do Mar diz que "é um novo máximo histórico".

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Portugal conseguiu um aumento para as 131 mil toneladas na captura de peixe para o próximo ano, o que representa uma subida de 24%.

Este valor resulta da maratona negocial que decorreu em Bruxelas, onde Portugal conseguiu um novo máximo histórico, como sublinhou a ministra do Mar.

"Temos muito boas notícias para Portugal, para os nossos pescadores e armadores de pesca, com um aumento de 24% do total de capturas possível, atingindo as 131 mil toneladas", disse Ana Paula Vitorino no final da reunião, marcada, como habitualmente, por uma maratona negocial.

Em termos de valores, as quotas de pesca atribuídas a Portugal para o próximo ano representam, ainda segundo a ministra, um aumento de 35 milhões de euros relativamente a 2018, permitindo atingir "um valor global de cerca de 220 milhões de euros".

Estas 131 mil toneladas, destacou, "é um novo máximo histórico", comprometendo-se a cumprir, em 2020, o objetivo do rendimento máximo sustentável das unidades populacionais.

ONG diz que foram desrespeitados pareceres

A PONG-Pesca defende que a Europa comprometeu o fim da sobrepesca em 2020 e que "nos 'stocks' mais importantes para Portugal terá havido dois pesos e duas medidas", indicou em comunicado enviado à agência Lusa.

Para a Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca (PONG-Pesca), em causa estão as decisões tomadas durante o Conselho de Ministros das Pescas, que terminou esta madrugada em Bruxelas.

Em relação a Portugal, sublinhou o presidente da PONG-Pesca, "os pareceres terão sido desrespeitados para os 'stocks' com informação menos robusta - como o linguado, a solha e as raias - mesmo quando as capturas dos últimos anos têm sido próximas ou mesmo abaixo dos pareceres científicos".

"A exigência de seguir os melhores pareceres científicos aplica-se a todos os 'stocks'. Para os que têm dados científicos menos robustos, é ainda mais crucial ter uma abordagem precaucionária e respeitar as recomendações", referiu Gonçalo Carvalho, citado na nota.

Para a PONG-Pesca, "os ministros [das Pescas da UE] voltaram a tomar muitas decisões acima dos pareceres científicos, tendo-se registado, tudo indica, uma estagnação da tendência lentamente positiva que tinha sido registada em anos anteriores".

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