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Centeno diz que não vai demitir Inspetor-Geral das Finanças suspeito de corrupção

17 dez, 2018 - 17:14 • Tiago Palma

Inspetor-Geral das Finanças há três anos, Vítor Braz é suspeito de ter ocultado os resultados de uma auditoria às contas e gestão da Cruz Vermelha Portuguesa. Além de corrupção passiva, é igualmente suspeito dos crimes de peculato e abuso de poder.

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Mário Centeno reafirmou esta segunda-feira a sua confiança no Inspetor-Geral das Finanças, Vitor Braz, que é suspeito dos crimes de corrupção passiva, peculato e abuso de poder

O ministro das Finanças garante não ter qualquer informação por parte do Ministério Público que o leve a afastar Vitor Braz do cargo.

"Estamos a seguir a situação com bastante tranquilidade. Há uma investigação em curso – e essa investigação é liderada pelo Ministério Público. Faremos todo o acompanhamento e estaremos, obviamente, à disposição de todas as diligências que nos forem requisitadas. Suspensão do Inspetor-Geral? Nós não temos nenhuma informação do Ministério Público que permita tirar essa conclusão”, garantiu Centeno.

Vítor Braz, no cargo desde 2015, é suspeito de ter ocultado os resultados de uma auditoria da própria Inspeção-Geral das Finanças às contas e à gestão da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).

Na auditoria são apontadas diversas irregularidades na instituição e nos subsídios por ela recebidos, tendo os inspetores chegado a falar no "melindre" das relações entre a CVP e o ministério da Defesa. Apesar das denúncias dos inspetores, o relatório não terá seguido o seu percurso normal, ficando no poder de Vítor Brás e Isabel Silva, Subinspetor-Geral das Finanças.

Depois de uma série de denúncias, a Unidade Contra a Corrupção da Polícia Judiciária lançou, na passada terça-feira, uma vasta operação de buscas às instalações dos ministérios das Finanças e da Defesa, mas igualmente da Cruz Vermelha Portuguesa, recolhendo vários documentos e ficheiros informáticos.

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