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Sporting

Sócios decidem futuro de Bruno de Carvalho. "Eu errei", diz ex-presidente em declaração

15 dez, 2018 - 15:00

Assembleia-geral do Sporting decide sobre suspensão de antigo presidente dos leões. Há outros sócios que podem ser suspensos e dois que podem até ser expulsos. Bruno de Carvalho não esteve presente mas irmã leu uma declaração em nome do ex-presidente.

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Teve início às 15h00 a votação na assembleia geral do Sporting que vai decidir o futuro de vários antigos dirigentes dos leões, incluindo Bruno de Carvalho.

No pavilhão João Rocha os sócios estão a decidir e votar os castigos disciplinares aplicados pela extinta Comissão de Fiscalização a oito sócios.

Carlos Vieira, Rui Caeiro, Alexandre Godinho, José Quintela e Luís Gestas são os antigos membros do Conselho Diretivo do Sporting que estão suspensos, juntamente com o ex-presidente Bruno de Carvalho. Também as eventuais expulsões de Elsa Judas e Trindade Barros, da criada Comissão Transitória de uma Mesa da Assembleia Geral, vão ser votadas.

As portas do pavilhão de Alvalade abriram às 13h30, a assembleia-geral iniciou-se às 14h30 e a votação começou meia-hora depois. Até às 20h30 (novo horário), todos os sócios podem votar, incluindo os que ainda estiverem na fila a essa hora.

Os oito sócios que estão em causa têm 15 minutos para falar perante os sócios.

"Eu errei e aprendi"

Bruno de Carvalho não esteve presente na reunião magna, mas a sua declaração foi lida pela irmã Alexandra Carvalho.

"Em cinco anos, fomos capazes de transformar o Sporting. E é um facto que em 2018, deixámos o nosso Clube muito mais forte do que o encontrámos. Revitalizámo-lo. Trabalhámos na sua recuperação económica, financeira e desportiva, pagando dívidas e salários em atraso, recuperando passes de jogadores, devolvendo aos Sportinguistas as modalidades que fazem parte do nosso ADN. Construímos património, tornámos o nosso Clube mais eclético e ganhador, aumentámos exponencialmente o número de associados, lutámos por um futebol português mais verdadeiro e transparente. Voltámos a recuperar o respeito internacional, e, o mais importante, devolvemos aos sócios e adeptos o orgulho de ser Sportinguista", escreve.

Numa longa declaração, o ex-presidente deixou uma lista "de obra" que deixou feita, mas admite erros.

"Tenho um grande orgulho no trabalho que eu e a minha equipa desenvolvemos, mas neste caminho de transformação do Sporting, nem tudo foi perfeito: EU ERREI. Cometi o erro de ter sido voluntarista na defesa. Foi uma defesa cega e intransigente, confesso. De tal forma que dei à comunidade sportinguista a ideia de que estaria agarrado ao poder quando a única coisa a que estava realmente agarrado era à incondicional defesa do nosso Sporting. Da nossa família. Porque é assim que defendemos a família", acrescenta.

No seguimento, "posso dizer-vos também que APRENDI." "Hoje, olho para trás e vejo claramente como estava enganado. Por isso, mesmo sabendo que sempre defendi os superiores interesses do Sporting Cube de Portugal, fiz mal, e por essa razão peço desculpa a todos os Sportinguistas!".

"No dia negro da invasão à Academia de Alcochete, para mim teria sido muito mais fácil defender os meus interesses:pedia a demissão, íamos a eleições e hoje quem sabe, ainda seria presidente e tudo seria diferente. Era simples.", referiu.

O antigo presidente dos leões queixa-se de ter sido "imolado em praça pública por alguns órgãos de comunicação social sem ética, sem escrúpulos e sem vergonha, que não olham a meios para alcançar os fins, que nem a minha família preservou nesta chacina mediática sem precedentes em Portugal."

Bruno de Carvalho explica ainda que a sua ausência da assembleia-geral "representa o respeito pelo Sporting. O respeito por esta Assembleia Geral". "A minha presença, que me é um direito adquirido enquanto sócio, infelizmente iria dar aos órgãos de comunicação social, que diariamente me chacinam, motivo para desviar a atenção do assunto principal desta Assembleia devolver aos sócios suspensos o direito de voltarem a ser Sportinguistas em pleno!"

Houve, entretanto, alguns momentos de tensão, com insultos, a alguns sócios, alegadamente por apoiantes de Bruno de Carvalho.

Comentários
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  • Lv
    15 dez, 2018 Lx 22:51
    Na intervenção , a única frase que os jornalixos vendidos conseguiram ouvir, " eu errei!"
  • Filipe
    15 dez, 2018 Setúbal 19:16
    Ainda dão tempo de antena ao Bruno de Carvalho? Basta disto!
  • Manuel
    15 dez, 2018 Moura 16:21
    Rua com eles !

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