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​CDS promete Lei de Bases da Saúde alternativa

14 dez, 2018 - 17:59 • Lusa

Assunção Cristas só admite o diálogo "público, aos olhos de todos", na Assembleia da República.

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O CDS-PP vai apresentar uma lei de bases da Saúde alternativa à do Governo e só admite o diálogo "público, aos olhos de todos" no Parlamento com os restantes partidos, afirmou esta sexta-feira a líder dos centristas.

Em declarações aos jornalistas, Assunção Cristas evitou o verbo negociar quando confrontada com o apelo do Presidente da República para que a lei de bases tenha o maior acordo possível entre os partidos e a possibilidade, admitida por um dirigente social-democrata, de o PSD vir a negociar o diploma com o PS.

"Eu preocupo-me com o CDS, temos uma visão alternativa e sempre construtiva. Apresentaremos a nossa visão", disse aos jornalistas, depois de visitar o mercado solidário de Natal do Rato, na cidade de Lisboa.

Para Assunção Cristas, "o espaço do trabalho do CDS é o parlamento, claro, público, aos olhos de todas as pessoas".

"É aí que discutiremos com todos os partidos, incluindo os da maioria", afirmou ainda a presidente do CDS-PP, que criticou duramente a proposta aprovada na quinta-feira, em Conselho de Ministros.

A proposta do Governo, afirmou, "está claramente orientada ideologicamente e prisioneira das amarras dos partidos mais à esquerda" que apoiam o Governo minoritário do PS.

"Sem alterações", garantiu, o diploma do Governo "não terá o apoio" do CDS-PP.

Assunção Cristas disse ainda que há princípios que identificou no trabalho da antiga ministra da Saúde Maria de Belém Roseira, que "ia num sentido mais positivo", e estão ausentes na versão agora aprovada pelo executivo e que o CDS-PP quer colocar na sua lei alternativa.

"É importante", enumerou, que o sistema de saúde seja entendido "em rede", juntando o setor público, setor social e setor privado e que o "estatuto do cuidador informal esteja bem refletido e com algum detalhe e compromisso".

Em terceiro lugar, o diploma tem ainda de refletir as "questões relacionadas com cuidados paliativos", acrescentou.

A presidente do CDS-PP considerou também positivo o acordo que pôs fim às greves no porto de Setúbal e no Metro no Porto, mas destacou que os problemas continuam nos serviços de saúde.

"Tudo o que seja estabelecer pontes de diálogo e acabar com focos de grande contestação é obviamente positivo para que o país possa progredir", afirmou.

O "mau funcionamento do setor da saúde", acrescentou, é "um dos maiores focos de contestação do país", dando como exemplos as demissões em vários estabelecimentos hospitalares, como o Hospital D. Estefânia.

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