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Quer criar o seu próprio negócio mas não tem acesso à banca?

14 dez, 2018 - 14:32 • Sandra Afonso

Há três programas para apoiar quem quer lançar o seu negócio. A Renascença falou com microempreendedores que optam pelas diferentes soluções e explica-lhe as diferenças.

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Quem pretende lançar-se no mundo dos negócios mas não tem facilidade de obter crédito junto dos bancos tem, neste momento, três programas à sua disposição: o Microinvest, o Microcrédito e a antecipação do subsídio de desemprego.

As ferramentas eram, até agora, utilizadas pela Associação de Direito ao Crédito (ANDC), que faz esta sexta-feira 20 anos, naquele que deverá ser o seu último aniversário, como a Renascença avançou esta semana.

Os três testemunhos aqui apresentados surgem de alguns dos últimos microempresários que serão apoiados pela associação, que perdeu o financiamento do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) e que, no final do ano, vai ficar sem direção.

A necessidade de criar o próprio posto de trabalho ou a vontade de dar asas a um sonho são a base de microempreedendores como Cristina, que escolheu o Microinvest para avançar com um Centro de Estudos e Atividades Extracurriculares na Maia.

"O que me foi indicado foi o microinveste. O microcrédito já envolve outras quantias que não me interessavam", refere à Renascença.

O objetivo de Cristina e de outros é abrir um negócio com o mínimo de capital possível e é precisamente o limite do crédito que decide muitas vezes o programa mais adequado.

O Microinvest empresta até 20 mil euros, mas as condições de pagamento não são negociáveis. Os empréstimos têm 24 meses de carência, 60 prestações mensais e há penalizações em caso de encerramento durante determinado prazo.

Já no microcrédito, o empréstimo pode ir até aos 15 mil euros e o período de carência e o prazo de pagamento são variáveis. Em caso de insucesso, não estão previstas penalizações.

Foi por este caminho que Bárbara optou, para poder abrir o seu Centro de Ecografias Emocionais em Faro. Diz que começou por baixo, com o apoio e conselhos da Associação de Direito ao Crédito.

"Quanto menos estivermos a dever a um banco, melhor para nós. Porque a ideia deles era conseguir recuperar o capital o mais rapidamente possível, ter a capacidade de gerar um negócio lucrativo ao ponto de ir abatendo algum valor e não esperar que o crédito acabe só por si. Por exemplo, em vez de comprar um equipamento novo, comprar um se calhar em segunda mão porque faz o mesmo efeito e é mais barato. Eu comecei o negócio assim e hoje tenho equipamentos novos", conta.

Hoje, Bárbara tem um negócio de sucesso. O mesmo que Nuno espera poder dizer em breve. Recusa ser travado pela idade e garante que o escritório de desenvolvimento de design está encaminhado. Nuno trabalha a partir de casa, em Lisboa, e escolheu como apoio a antecipação parcial do subsídio de desemprego.

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