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Ministério Público não recorre da medida de coação aplicada a Bruno de Carvalho

14 dez, 2018 - 13:41 • Lusa

O ex-presidente do Sporting continua em liberdade, com obrigatoriedade de se apresentar, diariamente, às autoridades.

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O Ministério Público não recorreu da medida de coação aplicada a Bruno de Carvalho no processo da invasão à Academia do Sporting, em Alcochete, apresentando recurso quanto a Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, líder da claque Juventude Leonina.

Bruno de Carvalho e Mustafá, detidos em 11 de novembro, foram presentes a primeiro interrogatório judicial ao juiz de instrução criminal do Barreiro Carlos Delca, que, quatro dias depois, determinou que ambos saíssem em liberdade, mediante o pagamento, cada um, de uma caução de 70 mil euros, além da obrigatoriedade de apresentações diárias às autoridades.

“O Ministério Público recorreu da medida de coação aplicada ao arguido Nuno Mendes”, refere a Procuradoria-Geral da República, em resposta escrita enviada à agência Lusa, que confirmou junto de fonte judicial que a procuradora Cândida Vilar não interpôs recurso em relação à medida de coação do ex-presidente do Sporting.

A procuradora Cândida Vilar, do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, deduziu acusação, em meados de novembro, contra 44 arguidos, por envolvimento no ataque à Academia do Sporting, em 15 de maio, e nas consequentes agressões a técnicos, jogadores e outros elementos da equipa leonina.

Dos 44 arguidos do processo, 38 mantêm-se sujeitos à medida de coação mais gravosa: a prisão preventiva. Os restantes seis arguidos, incluindo o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e o líder da claque Juventude Leonina, encontram-se em liberdade, sendo que estes dois últimos estão obrigados a apresentações diárias às autoridades.

Requerimentos dos arguidos

Bruno de Carvalho, Mustafá e outros arguidos requereram ou vão requerer a abertura de instrução, fase facultativa em que um juiz de instrução criminal vai decidir se o processo segue para julgamento e em que moldes.

O antigo oficial de ligação aos adeptos do clube Bruno Jacinto está entre os arguidos presos preventivamente, sendo acusado da autoria moral do ataque, tal como Bruno de Carvalho Mustafá.

Aos arguidos, que participaram diretamente no ataque, o MP imputa-lhes a coautoria de crimes de terrorismo, 40 crimes de ameaça agravada, 38 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, um crime de detenção de arma proibida agravado e um de introdução em lugar vedado ao público.

Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. O líder da claque Juventude Leonina está também acusado de um crime de tráfico de droga.

Processos de rescisão

No seguimento do ataque, nove jogadores rescindiram unilateralmente os contratos com o Sporting, e quatro deles, Daniel Podence, Gelson Martins, Ruben Ribeiro e Rafael Leão, mantêm-se em litígio com o clube.

William Carvalho e Rui Patrício acordaram os valores para a sua saída, enquanto Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o clube.

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