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Moção de censura. “Vou lutar com todas as forças”, garante May

12 dez, 2018 - 09:24

Theresa May enfrenta esta quarta-feira uma moção de censura interna do partido Conservador à sua liderança.

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A primeira-ministra britânica disse que vai lutar com todas as suas forças contra a moção de censura interna desencadeada por parlamentares do seu partido Conservador.

"Vou lutar contra essa votação com todas as minhas forças", disse num breve discurso em Downing Street, referindo que estava "firmemente decidida a terminar o trabalho" de aplicação do Brexit.

May deixou alguns recados para dentro do partido: este voto de confiança só é benéfico para Jeremy Corbyn, líder da oposição; o Partido Conservador precisa de ser moderado e trabalhar para o país.

“Um novo líder não estará em funções até 21 de Janeiro”, data legal para o Brexit, o que põe em risco todo processo. “Um novo líder não terá tempo para renegociar um acordo de saída e aprovar a legislação no Parlamento até 29 de Março, por isso um dos seus primeiros actos seria prolongar ou rescindir o Artigo 50, adiar ou mesmo parar com o Brexit, quando as pessoas querem que o façamos”, lembrou.

Theresa May enfrenta esta quarta-feira uma moção de censura interna do partido Conservador à sua liderança, anunciou um membro do partido.

A votação deve acontecer entre as 18h00 e as 20h00, sendo os votos contados "imediatamente depois e um anúncio será feito o mais breve possível".

O presidente da Comissão, Graham Brady, "Comissão 1922", que gere o processo de eleições internas do partido Conservador, confirmou por comunicado que foi atingido o número de cartas suficiente para que seja pedida a retirada da confiança à líder.

Para uma moção de censura ser ativada, tinha de ser subscrita por 48 deputados conservadores, equivalente a 15% do grupo parlamentar. Se a moção for aprovada, May deixa automaticamente de ser líder do partido conservador e abandona a liderança do Governo britânico. Não é, no entanto, obrigatório que sejam convocadas novas eleições, podendo os conservadores escolher um novo chefe do executivo.

A última vez que um líder conservador foi deposto pelos seus próprios parlamentares, foi em 2003, quando Iain Duncan Smith acabou por ser substituído por Michael Howard.

O acordo sobre o qual o Parlamento se irá pronunciar - a 21 de janeiro - foi alcançado no Conselho Europeu de 25 de novembro e define a relação entre Londres e a União Europeia após 29 de março, a data de saída do Reino Unido.

Para que essa saída se concretize e o acordo entre em vigor, é necessária a aprovação da casa dos Comuns e, depois, ratificado pelo Parlamento Europeu.


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