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Sindicato dos Funcionários Judiciais convoca greve nacional para janeiro

06 dez, 2018 - 13:52

Paralisação terá a duração de uma semana. Em causa estão as renegociações do estatuto profissional da classe.

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O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) agendou uma greve nacional de uma semana para janeiro, continuando a lutar pela renegociação do estatuto profissional, por promoções e pelo pagamento do trabalho suplementar.

Cerca de duas centenas de funcionários judiciais concentraram-se hoje novamente no Campus de Justiça, em Lisboa, gritando palavras de ordem como “Costa, escuta, os oficiais de justiça estão em luta”, alguns envergando camisolas pretas onde se lia “justiça para quem trabalha nela”.

O sindicalista António Albuquerque disse aos jornalistas que, devido à greve parcial - das 09:00 às 11:00 da manhã - dos funcionários, vários tribunais do Campus estavam parados e dezenas de diligências foram adiadas.

“Queremos que a nossa carreira tenha um reconhecimento justo através de um estatuto digno”, disse António Albuquerque, lembrando que “o oficial de justiça sustenta o sistema de justiça”.

O Ministério da Justiça marcou uma nova reunião com o sindicato para dia 11 e ficou de entregar antes um documento visado pelas finanças.

“Isto revela também a forma como o ministério da Justiça depende a 100% das Finanças e um ministério que regula e sistema o pleno funcionamento de um órgão de soberania como são os tribunais estar manietado e controlado pelo Ministério das Finanças é gravoso”, referiu o sindicalista, lembrando que decorrem várias greves no setor que “não foram concertadas”.

“O Ministério da Justiça tem sido um parente pobre para todos os governos”, acrescentou.

Após um conjunto de greves parciais de duas horas diárias que decorre desde 05 de novembro e termina a 31 de dezembro, está marcada para janeiro uma greve nacional durante uma semana.

Para sexta-feira está marcada uma greve para toda a comarca de Lisboa.

Além de um estatuto que reconheça a complexidade funcional do que os oficiais de justiça fazem, o sindicato exige também o preenchimento de 1.400 vagas e o preenchimento das 750 promoções que faltam.

Atualmente, no setor da justiça, decorrem greves dos juízes, guardas prisionais e funcionários judiciais.

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  • Filipe
    06 dez, 2018 évora 14:39
    Vejam as imagens de quem protesta hoje em greves em Portugal , qualquer pessoa ou cidadão médio , percebe logo que são todos os que tem já carreiras estáveis , acima da média e com vencimentos e regalias hoje de fazer inveja a um trabalhador em fim de carreira no sistema privado . O que aconteceu este ano e daí as greves nos sectores do Estado bem pagos , foi a situação do Governo ter lançado para a fogueira através dos bancos , criando uma economia virtual , uma tonelada de créditos para tudo e todos os que agora fazem greve . Endividaram estes que protestam porque vendo bem já ganham bem mas o dinheiro não chega para pagar tantos créditos . Veja-se a quantidade de casas vendidas , Mercedes vendidos ... viagens e outros , que no tempo de contenção ( PSD) até se ganhava muito menos , o dinheiro chegava e não haviam greves como hoje as há . E a continuar o engodo dos bancos ... daqui a uns tempos , vamos ter greves 365 dias por ano , as pessoas tem mentalidade do tamanho de um caracol , pensam com a ponta dos dedos , assinam e vestem do melhor e esperam sempre que o Estado sustente o endividamento . Eu quase aposto se não tivesse havido tanto crédito oferecido estes ano e meio , não haviam greves . Tem razão das greves os precários e os pobres , os desempregados , os doentes , os reformados que ganham 200 euros e todos os que não tem rendimentos ou vivem das ajudas de terceiros , mas parece que nas imagens , fora os estivadores , mais ninguém aparece . Porque será ?

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