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Agressões na GNR. Quando suspeitos são oficiais, "por norma fica-se por um processo de averiguações e pouco mais"

03 dez, 2018 - 16:32

Associação dos Profissionais da GNR saúda abertura de inquérito-crime pelo Ministério Público aos alegados espancamentos a formandos em escola de Portalegre.

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A Associação dos Profissionais da Guarda Nacional Republicana (APG/GNR) saúda a abertura de um inquérito-crime aos alegados excessos cometidos durante um treino na Escola da GNR em Portalegre.

Esta segunda-feira, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito ao alegado espancamento de recrutas durante o módulo "curso de bastão extensível".

À Renascença, o presidente da APG/GNR, César Nogueira, diz que é importante que tudo seja investigado, até porque os alegados autores das agressões são oficiais que, "por norma", raramente são investigados.

"Ainda bem que isso acontece, até para apurar todos os factos, que haja uma investigação séria, porque se for a nível interno temos sérias dificuldades em achar que vá dar algum resultado. Não quer dizer que a GNR não seja constituída por pessoas sérias, mas quando são os visados são oficiais, por norma, fica-se por um processo de averiguações e pouco mais."

César Nogueira revela ainda à Renascença que os formandos que foram agredidos já regressaram ao curso apesar de não estarem nas melhores condições.

"O comando geral disse à comunicação social que eles estavam todos na formação mas estão à parte, naquelas situações em que têm de ter aulas práticas não têm qualquer intervenção estão à parte a ver os colegas a terem a formação, porque estão limitados fisicamente devido às agressões que sofreram. Portanto eles não estão na totalidade integrados no curso porque não estão recuperados."

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