03 dez, 2018 - 12:45 • João Fonseca
O Benfica vai enviar à Liga de Clubes e ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol uma exposição sobre o que denomina como "um conjunto de erros" relacionados com os jogos do FC Porto e que, na opinião das águias, são "tão evidentes" que falarão "por si só".
Em declarações a Bola Branca, o diretor de comunicação das águias, Luís Bernardo, frisa que espera que estes órgãos tenham "um critério de isenção" e uma correta "análise e perceção" da participação.
Luís Bernardo diz que estes erros condicionam a verdade desportiva e vai mais longe: afirma que o pior que pode acontecer ao campeonato é "parecer ter já faixas encomendadas para o campeão". Palavras como "basta" ou frases como "isto tem de acabar", fazem parte da indignação das águias, que não querem voltar a "um passado de triste memória".
Dedos apontados ao videoárbitro
A exposição deverá ser entregue ainda durante esta semana e procura provar que o FC Porto "tem sido claramente beneficiado", com o mais recente episódio da grande penalidade não assinalada no domingo e que favorecia o Boavista, por falta de Brahimi sobre Rochinha.
Mais do que apontar o dedo aos árbitros, o clube da Luz não entende a "dualidade de critério" do videoárbitro (VAR), que tem acumulado "erros incompreensíveis". "Não é possível perceber tamanho erro [grande penalidade]. Que o árbitro pudesse não ter visionado dentro de campo, pomos essa possibilidade, agora, o VAR, com os diversos ângulos, é impossível que não tenha visto, aquilo que toda a gente viu", vinca.
O Benfica deixa, ainda, um alerta para as entidades competentes sobre as expulsões de Sérgio Conceição e Luís Gonçalves. Os encarnados recordam que, sempre que surgem castigos para os dragões, estes "são muito reduzidos ou simbólicos". Luís Bernardo fala de um "sentimento de impunidade" que grassa nos azuis e brancos, nomeadamente com o diretor-geral dos campeões nacionais, que "é conhecido por ter feito uma ameaça a um árbitro de que desceria de divisão e ele desceu".
Luís Bernardo reforça "o clima de coação, intimidação e ameaça" que diz mesmo ter surgido "naquela invasão ao centro de treinos dos árbitros, na Maia", e que está a "ter efeitos junto dos agentes desportivos".