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“Cada um de nós é uma missão”, diz D. José Cordeiro

01 dez, 2018 - 18:30 • Olímpia Mairos

Diocese de Bragança-Miranda abre, em Mogadouro, ano litúrgico-pastoral dedicado ao sacramento da confirmação.

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A diocese de Bragança-Miranda abriu, este sábado, o ano litúrgico-pastoral dedicado ao sacramento da confirmação. Na iniciativa, que teve lugar na Casa da Cultura de Mogadouro, participaram mais de 300 pessoas, provenientes das 18 unidades pastorais da diocese.

Na carta pastoral dirigida à diocese, intitulada “Mendigos da Luz de Cristo”, o bispo diocesano, D. José Cordeiro, começa por afirmar que “Jesus Cristo é o autêntico dom da esperança e o grande mistério da Luz”.

Depois, informa que “em comunhão com as outras dioceses de Portugal”, a diocese vai celebrar o mês missionário, pedido pelo Papa Francisco, como o culminar de um Ano Missionário a decorrer até outubro de 2019.

D. José Cordeiro centra-se depois no tema que vai congregar toda a caminhada diocesana e faz uma verdadeira catequese sobre o sacramento da confirmação.

“Confirmar, significa consolidar ou reforçar o batizado, completando o que já foi realizado no batismo”, afirma D. José, explicando o “vínculo íntimo” e “a unidade litúrgica e sacramental” entre batismo e confirmação.

Referindo-se ao ato da crismação, o bispo explica aos diocesanos que “a mistura de bálsamo com o azeite é o Santo Crisma, azeite e perfume”, consagrado na Missa Crismal, de quinta-feira-santa, usado na administração dos sacramentos e na dedicação de igrejas e altares.

“O azeite é o fruto da oliveira e atenua os sofrimentos e quando aplicado com misericórdia é símbolo da mesma misericórdia, a que podemos até chamar de ‘sacramento do azeite’”, refere o prelado, acrescentando que, além de temperar os alimentos, o azeite cura com o seu bálsamo as feridas. A unção com azeite significa bênção, consagração, cura e amor de Deus”.

Já “a oliveira, por causa da sua folha perene e do seu fruto que desafiam os rigores do inverno, pode também inspirar os crentes a uma confiança na graça de Deus, fonte de vida plena, semente de eternidade. Esta confiança acende-se no meio das tribulações deste mundo, suportada pela esperança e pela caridade”, considera o bispo de Bragança-Miranda.

Mendigos da luz de Cristo

D. José Cordeiro, na sua nota pastoral, lembra que “somos mendigos da Luz de Cristo, como quem encontra de comer” e explicita esta afirmação com o pensamento de D. Tonino Bello que considera que “os missionários são mendicantes que encontram outros mendicantes e lhes dizem onde encontraram de comer”.

O bispo de Bragança-Miranda conclui a sua nota pastoral afirmando que “este é o tempo que nos chama a sermos autênticos discípulos missionários em comunhão. Este é o tempo para uma séria conversão espiritual, pastoral e missionária de todos e de cada um de nós”. “Cada um de nós é uma missão”, conclui.

De entre as propostas espirituais, pastorais e missionárias a concretizar ao longo deste ano, destaca-se a visita pastoral do bispo diocesano, “na alegria da caridade”, à Cáritas Diocesana, à Fundações Canónicas, aos Centros Sociais Paroquiais, às Santas Casas da Misericórdia e outras casas da Caridade.

A diocese transmontana quer também ajudar a redescobrir os caminhos bíblicos, litúrgicos, pastorais, espirituais e da piedade popular para cada um responder no próprio caminho quotidiano à pergunta orientadora: porque Jesus é o salvador?, (re)encontrar uma catequese mistagógica e de proximidade, (re)valorizar a celebração da Semana Santa, o Tríduo Pascal e o Tempo Pascal e fortalecer o entusiamo da missão.

A abertura do ano litúrgico-pastoral, em Mogadouro, contou com uma conferência subordinada ao tema “O desafio da missão hoje”, por monsenhor Duarte da Cunha, pároco de Santa Joana Princesa, em Lisboa, e antigo secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.

À tarde teve lugar uma mesa-redonda ou “missão partilhada”, em que alguns agentes pastorais refletiram e partilharam testemunhos, nomeadamente sobre o ano missionário promovido pelos bispos portugueses e que está a decorrer.

Do programa de abertura do ano litúrgico-pastoral, constou ainda a apresentação dos livros: “Universo Orante”, da religiosa Maria José Oliveira, “Todas as Nossas Senhoras são a mesma Mãe de Deus”, do padre Joaquim Leite, “Peregrina na Diocese de Bragança-Miranda / Memórias da visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima” e “Lectio Divina / Adolescentes e Jovens em Adoração”.

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