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Gorbachev destaca papel de Bush na Guerra Fria. Obama e Trump também reagem a morte do ex-Presidente dos EUA

01 dez, 2018 - 12:15

George Bush morreu este sábado aos 94 anos. Era o patriarca de uma dinastia política que inclui o filho George W. Bush.

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Mikhail Gorbachev, o último líder soviético, saudou este sábado o papel de George Bush no fim da Guerra Fria e da corrida ao armamento entre Estados Unidos e União Soviética.

Aos 87 anos, Gorbachev reage assim à morte do antigo Presidente norte-americano, este sábado de madrugada (sexta-feira à noite nos EUA), aos 94 anos.

George Bush e Mickhail Gorbachev assinaram, antes do colapso do bloco soviético, em 1991, um acordo histórico para o controlo do armamento, que levou ao corte substancial do arsenal nuclear de ambas as partes.

“Muitas das minhas memórias estão relacionadas com ele [Bush]. Trabalhámos juntos em anos de grandes mudanças. Foi um momento dramático, que exigia umas enorme responsabilidade da parte de todos. O resultado foi o fim da Guerra Fria e da corrida ao armamento”, afirmou o líder soviético, citado pela agência de notícias russa, Interfax.

“Homenageio George Bush pela sua contribuição pelos sucessos históricos. Ele foi um verdadeiro parceiro nisso”, concluiu.

Um "humilde servidor" de “liderança inabalável”

"A América perdeu um patriota e um humilde servidor", afirmou este sábado o ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, referindo-se à morte de George Bush.

As palavras de Barak Obama sublinhavam a contribuição de Bush para "reduzir o flagelo das armas nucleares e para formar uma ampla coligação internacional para expulsar um ditador do Kuwait".

Obama acrescentou que a diplomacia de George Bush ajudou a "terminar com a Guerra Fria sem se disparar um tiro".

Hoje, também, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou a "liderança inabalável" de George Bush.

"Através de sua autenticidade, do seu espírito e compromisso inabalável com a fé, a família e o seu país, o Presidente Bush inspirou gerações de cidadãos norte-americanos", afirmou Trump através de um comunicado divulgado a partir de Buenos Aires, onde participa na cimeira do G20.

George Bush morreu pouco depois das dez horas da noite de sexta-feira (4h00 de sábado em Lisboa), cerca de oito meses após a morte da mulher, Barbara Bush.

O 41.º Presidente dos Estados Unidos serviu de 1989 a 1993 e oito anos depois assistiu à tomada de posse do seu filho George W. Bush, que se tornou o 43.º Presidente.

George H.W. Bush viu sua popularidade aumentar no período da Guerra do Golfo em 1991, mas esse capital desapareceu num período de recessão breve, mas profunda.

O republicano acabou por ser derrotado pelo democrata Bill Clinton, quando procurava assegurar um segundo mandato.

Bush também foi um herói da Segunda Guerra Mundial, congressista do Texas, diretor da CIA e vice-presidente de Ronald Reagan.

Apenas um outro Presidente norte-americano, John Adams, teve um filho que também se tornou presidente.

Bush tinha sido internado no hospital com uma infeção no sangue em 23 de abril, um dia após o funeral da ex-primeira dama, tendo ali permanecido durante 13 dias. Voltou a ser hospitalizado em maio, indicando pressão baixa e fadiga uma semana depois de chegar ao Maine para passar o verão.

Acabou por ter alta alguns dias depois e comemorou seu aniversário em 12 de junho - fazendo história, ao tornar-se o primeiro ex-Presidente a atingir a idade de 94 anos.

Bush era o patriarca de uma dinastia política que inclui o filho George W. Bush, que foi também Presidente, outro como governador, John Ellis Bush (que chegou a ser candidato nas primárias republicanas à presidência dos EUA) e um neto que atualmente ocupa um cargo estadual no Texas.
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