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Um ano a comemorar Maria Ulrich, defensora da educação

24 nov, 2018 - 09:41 • Ana Lisboa

As iniciativas começam já este fim de semana, com um evento no Forum Lisboa e uma missa na Igreja de Santa Joana Princesa. Mas há mais.

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Maria Ulrich, fundadora da Escola de Educadoras de Infância, morreu há 30 anos. Em testamento, destinou grande parte do seu património para instituir uma fundação com o seu nome que se dedicasse à educação, formação e cultura, numa perspetiva humanística e cristã, com o grande objetivo da formação contínua das pessoas.

Para assinalar a data da sua morte, a Fundação Maria Ulrich tem várias iniciativas programadas para os próximos meses, até um ano. O programa começa já este sábado de manhã, com um encontro no Forum Lisboa subordinado ao tema “A pedagogia do encontro na educação do século XXI”.

“Pensámos não tanto o que é que tínhamos para dizer sobre educação, formação e cultura, mas antes no que é que a Maria Ulrich teria feito para assinalar este momento”, diz a diretora geral da instituição à Renascença.

“Aquilo que nos pareceu ser mais importante para os desafios da educação no século XXI foi exatamente aquilo que a Maria Ulrich fez a vida toda: encontrar as pessoas, ajudar as pessoas a encontrar-se a si próprias e favorecer sempre o encontro entre as pessoas, entre grupos, entre realidades, entre instituições, na certeza que só este trabalho comum, que procura o bem em conjunto, pode construir uma educação melhor, formar melhores pessoas e uma cultura mais verdadeira e mais positiva”, adianta Catarina Almeida.

Ainda no âmbito desta efeméride, no domingo será celebrada uma missa. Maria Ulrich faleceu a 25 de novembro de 1988. A celebração está marcada para o meio-dia, na Igreja de Santa Joana Princesa, em Lisboa.

Ao longo do próximo ano, a Fundação Maria Ulrich preparou mais iniciativas. “Vamos dedicar o ano de 2019 a refletir e procurar soluções adequadas, úteis que ajudem as pessoas naquilo que são as suas vidas com as preocupações de educação. E depois está planeada uma exposição sobre os 30 anos da Fundação Maria Ulrich, estes 30 anos de encontro e de encontros, que será divulgada ao longo de 2019”, revela Catarina Almeida.

Sobre Maria Ulrich

O contributo de Maria Ulrich foi determinante para a educação em Portugal. Estava muito à frente no seu tempo e as suas ideias continuam muito atuais, considera a diretora geral da fundação.

Há “uma frase muito valiosa” de Maria Ulrich que diz que “educar em qualquer idade é fazer crescer”. Isso significa que tinha “a noção de que nós, toda a vida, continuamos a crescer e que é preciso lugares onde esse crescimento seja favorecido, ajudado, refletido e que nunca acabe. É essa a missão da Fundação”, sublinha Catarina Almeida.

Em seu entender, Maria Ulrich “procurou sempre soluções para as questões importantes que via, os problemas que encontrava. Portanto, fez muita coisa: desde logo a Escola de Educadoras de Infância em 1954. Na sequência disso, fez os colégios O Nosso Jardim, depois fez a Casa Veva de Lima. E a Fundação Maria Ulrich foi a última coisa que instituiu para continuar esta grande obra”.

Testemunhos de amigas e alunas dizem, de forma unânime, “que o que a distinguia das outras pessoas todas era a capacidade de ensinar as pessoas, de levar as pessoas a descobrir-se a si próprias e a superar-se continuamente. Isso foi um grande contributo no seu tempo”. Além disso, “desafiou sempre toda a gente, nesse sentido, era uma mulher muito à frente no seu tempo”, admite a diretora geral da fundação.

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