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Inquérito identifica quase 3400 sem-abrigo e 11 mil em risco

23 nov, 2018 - 19:58 • Filomena Barros, com redação

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que não se pode perder tempo, tendo em conta a meta de acabar com os sem abrigo, em 2023.

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Foram identificadas 3396 pessoas sem teto ou sem casa em Portugal continental, segundo um inquérito realizado entre fevereiro e maio no quadro da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo.

Os dados foram apresentados esta sexta-feira num encontro em que participou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que se insere na Estratégia Nacional para os Sem-Abrigo.

Era preciso conhecer a realidade e agora já há números mais concretos, com o inquérito que abrangeu 278 concelhos do continente.

Um total de 106 concelhos têm sem-abrigo. Ao todo, foram identificadas 3.396 pessoas sem teto ou sem casa.

A maioria - 644 pessoas ou 45% - encontra-se na Área Metropolitana de Lisboa. O concelho de Lisboa tem 350 pessoas sem teto ou sem casa.

A seguir surge a região Norte. A Área Metropolitana do Porto tem 286 pessoas sem-abrigo, das quais 174 no concelho do Porto.

O inquérito indica que a seguir surgem o Algarve, região Centro e Alentejo. E diz também que, do número total de pessoas sem casa, há 1.953 que vivem em centros de alojamento, albergues ou quarto pago por serviços sociais.

O inquérito nacional identificou ainda cerca de 11 mil pessoas em situação de risco, ou seja, de poderem ficar em situação de sem-abrigo.

Num comentário a este inquérito, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que não se pode perder tempo, tendo em conta a meta de acabar com os sem abrigo, em 2023.

“Parece-me que devemos manter essa meta, e quando eu disse quando acrescentei na medida do possível, tudo deverá ser feito para retirar da rua aqueles que lá vivem hoje e sabemos agora quantos são. O que também é honesto dizer aos portugueses: são os que são numa situação de saída da crise, de crescimento económico e de estabilização social.”

Marcelo Rebelo de Sousa insiste que é preciso resolver a situação dos sem-abrigo, mesmo que não seja um processo fácil ou imediato.

A secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, garante acompanhamento aos que se sabe que estão em situação sem-abrigo.

“São estas 3396 pessoas ou as que tenham sido identificadas desde então, ou as que não estando já na rua têm que ter o acompanhamento necessário para a sua reintegração numa vida profissional, social, numa habitação”, disse Cláudia Joaquim.

Também a Saúde é uma área essencial para garantir cuidados, sublinhou a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte.

E nesta área, está a ser feito um levantamento para avaliar o impacto da doença mental nas pessoas sem-abrigo.

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  • FIlipe
    23 nov, 2018 évora 20:49
    Perdem mais tempo e gastam mais recursos ao Estado no tratamento de cães e gatos , quando toca a vidas humanas , até os enfermeiros são aliados do Estado e das Funerárias ao fazerem greves para enterrarem uns quantos mais cedo e deixarem de pagar reformas .

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