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E-Toupeira. Debate instrutório passou para dia 3 de dezembro

22 nov, 2018 - 18:43

No dia 26 vão ser ouvidas mais testemunhas. Já esta quinta-feira o testemunho do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi descartado pelo Benfica.

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O debate instrutório do caso e-toupeira passou para o dia 3 de dezembro. A informação foi confirmada a Bola Branca por fonte oficial.

No dia 26 vão ser ouvidas mais testemunhas.

Esta alteração resultou de uma reclamação dos advogados da SAD 'encarnada', aceite pela juíza de instrução criminal Ana Peres, que abriu uma nova oportunidade para ouvir testemunhas e levou ao adiamento do debate instrutório por uma semana.

Já esta quinta-feira o testemunho do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi descartado pelo Benfica.

Decorre a fase instrutória do processo, que arrancou na quarta-feira, com a audição ao arguido Júlio Loureiro, escrivão e ex-observador de árbitros.

No Requerimento de Abertura de Instrução (RAI), a SAD do Benfica defende que a acusação do Ministério Público (MP) é infundada e que terá de cair nesta fase.

O RAI assenta em três pontos essenciais, entre os quais o desconhecimento dos factos imputados ao seu antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves e restantes dois arguidos, ambos funcionários judiciais.

A sociedade que gere o futebol profissional 'encarnado' aponta ainda a ausência de elementos probatórios que a liguem aos atos descritos na acusação e a omissão de narração de factos concretos na acusação que permitam imputar-lhe a prática de qualquer crime.

A acusação do MP considera que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais.

A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes. O MP acusou a SAD do Benfica de um crime de corrupção ativa, de um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 29 crimes de falsidade informática.

Paulo Gonçalves está acusado de 79 crimes, entre eles um de corrupção ativa e outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem. A investigação "e-toupeira" tem mais dois arguidos, além de Gonçalves e Loureiro. São eles José Augusto Silva, oficial de justiça e o único dos arguidos em prisão domiciliária.

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