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Borba rezou pelas vítimas da derrocada. "Que não se voltem a repetir coisas destas”

22 nov, 2018 - 02:46 • Rosário Silva, com redação

A celebração foi presidida pelo arcebispo de Évora. D. Francisco Senra Coelho quis associar-se à dor de quem está em sofrimento. Deixou uma palavra de esperança e de conforto e destacou o papel importante dos operacionais no terreno.

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Rosario Silva - cerimonia religiosa Borba D21

A Igreja do Senhor Jesus dos Aflitos, em Borba, foi pequena para acolher todos aqueles que, esta quarta-feira, quiseram estar na missa pelas vítimas, familiares e habitantes da região afetada pela tragédia da estrada 255.

A celebração foi presidida pelo arcebispo de Évora. D. Francisco Senra Coelho quis associar-se à dor de quem está em sofrimento. Deixou uma palavra de esperança e de conforto e destacou o papel importante dos operacionais no terreno.

D. Francisco Senra Coelho espera que sejam tiradas ilações para que não voltem a acontecer tragédias semelhantes.

“Afinal, percebemos que estas tragédias também são um apelo à atenção, a estarmos atentos à dimensão da segurança. Estamos a ser todos convocados para que não se voltem a repetir coisas destas”, sublinhou o arcebispo de Évora.

A Renascença falou também com o padre Ricardo Cardoso, pároco de Borba que esta quarta-feira visitou a família de uma das vítimas mortais da tragédia.

Mais do que as palavras é preciso saber ouvir quem está a viver momentos de verdadeira angústia.

“A população está tragicamente escandalizada com o que aconteceu. Muitos, se calhar, vivem dentro de si o pânico, porque estamos rodeados de pedreiras e de situações que, quiçá, poderão ser muito parecidas. Ao mesmo tempo, temos que ter uma palavra para os operacionais que estão a fazer o seu trabalho no terreno, nomeadamente os bombeiros de Borba que são sempre incansáveis”, refere o padre Ricardo Cardoso.

Apesar de consternada, a população não deixou de marcar presença na eucaristia desta quarta-feira ao final da tarde. "Muito doloroso", "desgraça que se abateu sobre a nossa terra", "as pessoas estão em pânico", "bastante chocado", "hoje não podia deixar sem vir" foram algumas das expressões utilizadas pelos habitantes de Borba para descrever o que estão a sentir.

A antiga estrada nacional 255, situada entre duas pedreiras, foi engolida segunda-feira à tarde, provocando pelo menos dois mortos e três desaparecidos. As autoridades dizem que as operações de resgate podem demorar semanas. Os perigos daquela estrada já estavam sinalizados há pelo menos dois anos.

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  • palhaço
    22 nov, 2018 11:17
    Bem, se p.coelho não meter o meu comentário para o lixo como é de costume, era só para dizer o seguinte: esta de "Borba rezou pelas vítimas da derrocada. Que não se voltem a repetir coisas destas” não serve de consolo às vitimas. Pelo que parece neste país, e não só, é preciso que aconteçam as tragédias para depois se vir lamentá-las. Isto nunca poderia ter acontecido mas como este país sendo da u.europeia e sempre cada vez mais miserável, com controlo sempre apertado nas contas para o essencial, deixa sempre que o pior aconteça porque nunca há dinheiro para se fazer o que quer que seja. Ainda para mais com a classe de incompetentes que nos têm governado. Agora quero ver se vão publicar o meu comentário. Ah, espera, já estou a ver, falei da u.e, pronto, já é mais que suficiente para p.clh não publicar.

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