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Líder da Juve Leo garante: Tochas “não foram dirigidas a Rui Patrício"

21 nov, 2018 - 19:49

Nuno Mendes, Mustafá, explicou-se na rede social Facebook.

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O líder da Juventude Leonina garante que as tochas atiradas na receção ao Benfica "não foram dirigidas a Rui Patrício".

Em comunicado publicado na rede social Facebook, Nuno Mendes, conhecido por 'Mustafá', explica que as tochas "não foram dirigidas ao ex-guarda-redes [do Sporting] Rui Patrício, muito menos sob ordens de alguém".

"Em momento algum foi nosso objetivo atingir o nosso guarda-redes, ainda por cima num jogo tão importante como o que se iria disputar, sendo que a probabilidade de ser o Rui Patrício a estar naquela baliza na primeira parte do jogo era de 50%", refere.

A acusação, que se segue à investigação conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, refere a utilização das tochas em 5 de maio, em Alvalade, num empate a zero com o Benfica, como "arma de arremesso e agressão contra os jogadores", que terá sido ordenada por Mustafá e especificamente contra o guarda-redes português.

Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e 'staff'.

O antigo oficial de ligação aos adeptos (OLA) do clube Bruno Jacinto está entre os arguidos presos preventivamente, sendo acusado de autoria moral do ataque, tal como o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e o líder da Juventude Leonina Mustafá.

Aos arguidos, que participaram diretamente no ataque, o MP imputa-lhes a coautoria de crimes de terrorismo, 40 crimes de ameaça agravada, 38 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, um crime de detenção de arma proibida agravado e um de introdução em lugar vedado ao público.

Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.

No seguimento do ataque, nove jogadores rescindiram unilateralmente os contratos com o Sporting, e quatro deles, Daniel Podence, Gelson Martins, Ruben Ribeiro e Rafael Leão, mantêm-se em litígio com o clube.

William Carvalho e Rui Patrício acordaram os valores para a sua saída, enquanto Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o clube.

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