19 nov, 2018 - 07:20
Um novo conjunto de "e-mails" divulgado pelo blogue "Mercado de Benfica" e replicados em diversos órgãos de imprensa e redes sociais apontam para o facto de a Polícia de Segurança Pública ter manipulado os números sobre a apreensão de artefactos de pirotecnia no decorrer do Benfica-FC Porto, jogado a 26 de abril de 2015 e que terminou sem golos.
No final desse jogo, o comissário da PSP Rui Costa relatou a "apreensão dos 150 artigos pirotécnicos, pertencentes aos adeptos dos dois clubes", omitindo que a distribuição era de 149 artefactos apreendidos a adeptos benfiquistas e um a um adepto portista.
Num "mail" enviado no dia seguinte, 27 de abril, pelo chefe de segurança do Estádio da Luz, Rui Pereira, ao administrador da SAD Domingos Soares Oliveira, é referida uma comunicação entre Rui Pereira e o subintendente da PSP Pedro Pinho, sobre as declarações feitas aos jornalistas sobre a apreensão de artefactos pirotécnicos. "Devo-lhe um agradecimento e apreço especial a si, por sentir estar implícito e notório nesta notícia um reconhecimento do trabalho e colaboração à estrutura de segurança do SLB."
"A PSP dividiu a ‘captura’ dos 150 artefactos entre adeptos SLB e FCP, omitindo à opinião pública que o resultado foi de 149-1!!!", escreve Pereira.
Rui Pereira diz também a Domingos Soares Oliveira que a situação com as claques estava a tornar-se "insustentável" e que tinha sido descoberto, na Luz, "um verdadeiro arsenal no interior de um WC, que serve de depósito/arrecadação de artigos pirotécnicos para todos os jogos... sem terem de ser sujeitos a revista nas portas. Há quanto tempo existe este esquema?".