Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

D. António Augusto Azevedo: “Somos Igreja porque somos missão”

19 nov, 2018 - 06:33 • Henrique Cunha

Exposição “Pelos Caminhos do Mundo”, organizada neste Ano da Missão pelos Institutos Missionários ad Gentes (IMAG), foi inaugurada no Porto e vai percorrer todas as dioceses do país.

A+ / A-

“Somos Igreja porque somos missão”. Foi com estas palavras que D. António Augusto Azevedo, bispo auxiliar do Porto, sintetizou a importância da exposição “Pelos Caminhos do Mundo”, organizada, neste Ano da Missão, pelos Institutos Missionários ad Gentes (IMAG), e que vai percorrer todas as dioceses do país.

Esta semana, a mostra pode ser visitada na Casa Diocesana de Vilar, no Porto, antes de seguir para Paredes e S. João da Madeira.

Na Inauguração, o bispo auxiliar do Porto lembrou esta importante dimensão da Igreja que “importa não esquecer, porque a dimensão missionária é inerente à própria essência da Igreja”, ou seja “somos Igreja porque somos missão”.

D. António Augusto fez, depois, um apelo à memória, lembrando o quão é importante a ideia de uma Igreja “em saída”. O bispo diz que “o exercício de memória é um exercício importante na cultura e muito importante na Igreja” e que “andamos muito desmemoriados”.

"A Igreja precisa de memória, assim como toda a pessoa e toda a sociedade. Não uma memória só voltada para o passado”, mas antes “uma memória estimulada que é capaz de se abrir à criatividade e ao empenhamento para o futuro” .

“Todos, tudo e sempre em missão” é o lema escolhida pela Conferência Episcopal Portugal para este ano.

O padre Francisco Manuel Costa, responsável pelos IMAG, lembrou a universalidade da Igreja bem patente na exposição, ao afirmar que “cada palavra, cada arte e cada artefacto que representam os cinco continentes pretende ser expressão da universalidade da igreja”, e sobretudo não escamotear a relevância de que o recordar é “regressar ao mandato original de Jesus: 'Ide por todo o mundo'”.

Para Francisco Manuel Costa, esta exposição “é também um desafio a quem não acredita" e que, "vendo a arte, possa subir desta materialidade ao transcendente”.

“Possa ser esta exposição missionária ser uma experiência pessoal com Cristo, uma evocação de todos aqueles que deram a vida pela Missão, e possa ser verdadeiramente o estimulo para a comunhão com os irmãos”, concluiu o responsável pelos IMAG.

Por sua vez, o director do Secretariado Diocesano das Missões, padre Alípio Barbosa, aludiu à importância de constante renovação, lembrando que “a diversidade é riqueza e que a diferença exige que abramos janelas no nosso coração para que entrem rajadas de vento que nos desestabilizem e que também arejem toda a casa”.

Para o director diocesano, “a missão há-de ser hoje essencialmente diálogo multicultural para nos aproximarmos, conhecermos e amarmos”, pois que “sem o conhecimento não é possível o amor”.

Depois do Porto, a exposição “Pelo Caminhos do Mundo” segue para a Diocese de Aveiro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+