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Morreu o general Loureiro dos Santos

17 nov, 2018 - 09:31

O antigo ministro da Defesa Nacional e ex-Chefe do Estado-Maior do Exército morreu este sábado, aos 82 anos.

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O general José Loureiro dos Santos, antigo ministro da Defesa Nacional e ex-Chefe do Estado-Maior do Exército, morreu este sábado em Lisboa, aos 82 anos, vítima de doença.

A notícia já foi confirmada pela Renascença junto de fonte próxima da família.

O corpo do general vai estar em câmara ardente na capela da Academia Militar, em Lisboa, a partir das 15:00 de domingo, disse à agência Lusa fonte familiar. De acordo com a informação da família, o funeral será realizado na segunda-feira, pelas 11h00, no cemitério de Carnaxide.

Nascido em Vilela do Douro, concelho de Sabrosa, no distrito de Vila Real, em 02 de setembro de 1936, José Alberto Loureiro dos Santos foi ministro da Defesa Nacional entre 1978 e 1980 nos IV e V Governos Constitucionais, chefiados por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintasilgo, ambos executivos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes.

Militar do ramo de artilharia, Loureiro dos Santos foi vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército.

Foi membro do Conselho da Revolução e Ministro da Defesa Nacional de novembro de 1978 a janeiro de 1980 nos IV e V Governos Constitucionais, respetivamente dirigidos por Carlos Mota Pinto e Maria de Lurdes Pintasilgo.

Cumpriu duas comissões no Ultramar, em Angola (1962/1965) e Cabo Verde (1972/1974), foi secretário do Conselho da Revolução no 'verão quente' de 1975 e, como major, participou no planeamento e execução das operações que contiveram o golpe de 25 de novembro de 1975. Passou à reserva em 1993.

Com larga experiência académica, o ex-ministro e chefe militar lecionou no Instituto de Estudos Superiores Militares, do qual fez parte do conselho científico, e no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), no qual foi membro do Conselho de Honra.

Era também membro da Academia das Ciências de Lisboa e do Conselho Geral da Universidade Nova de Lisboa, como personalidade externa.

Loureiro dos Santos foi também escritor, com vasta obra, e conferencista e deu ainda inúmeras conferências, tendo colaborado em vários órgãos de comunicação social sobre temas de geoestratégia e de geopolítica. Ramalho Eanes chegou a descrevê-lo como "o general que privilegiava a honra às honrarias".

Loureiro dos Santos era também comentador habitual da Renascença e em entrevista a esta rádio chegou a explicar porque é que seguiu a carreira militar. "Fui para uma carreira que sempre quis, de que sempre gostei, embora, como disse, o reitor queria que não fosse mas eu nunca me arrependi e senti-me sempre bem na carreira militar. Percorri toda a carreira com relativa facilidade, nunca tive dificuldades nas promoções".

[Notícia atualizada com dados do funeral]


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