08 nov, 2018 - 22:28 • Ângela Roque
“O principal objetivo do '3 milhões de nós' (3MN) é dar voz aos jovens, compreender o que ouvem, o que sentem, o que querem dizer, o que sonham”, diz à Renascença Filipa Baptista.
Formada em epidemiologia e saúde pública, pertence à paróquia do Campo Grande e à fraternidade “Verbum Dei”, entidades que estão por trás deste encontro. Explica que a escolha do nome para o evento não foi feita por acaso.
“Escolhemos ‘3 milhões de nós’, porque há três milhões de jovens em Portugal com menos de 25 anos”, explica. Mas a iniciativa não se dirige apenas aos mais novos. “Também se destina aos pais, aos educadores e professores, a todos os que quiserem e tenham interesse nesta temática”.
O congresso está marcado para sábado, 10 de novembro, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, e para participar é preciso comprar bilhete (5 euros, com direito a almoço). A apresentação da iniciativa diz que este “é um evento onde se irá debater o presente e o futuro dos jovens portugueses”, que se pretende “dinâmico, envolvente e interativo.
“Vai começar às 9h00, com uma série de partilhas de experiências, em que diferentes oradores irão falar sobre três grandes temas – ‘Eu com os outros’, ‘Eu e a espiritualidade’ e ‘Eu na sociedade'”, explica Filipa Baptista, que garante que esta é uma iniciativa “aberta a todos, incluindo muitos não crentes”.
“Vamos ter oradores de diferentes crenças e fés religiosas e queremos que seja uma discussão realmente plural”, afirma a responsável, para quem o objetivo final do encontro é “apontar caminhos” e “ajudar os jovens a perceber o seu lugar no mundo, e de que forma é que querem contribuir para um mundo melhor”.
Entre os participantes estarão Ricardo Araújo Pereira (que vai falar sobre “espiritualidade sem fé”), José Diogo Quintela, a psicóloga Inês Resende, que trabalha muito com jovens, e o pediatra Paulo Oom, entre outros.
Durante a tarde, haverá mesas redondas sobre voluntariado, convicções e empreendedorismo. “Os intervenientes são pessoas com experiências muito interessantes e que de certeza que vão inspirar aqueles que vão estar ali a ouvir”, garante Filipa Baptista.
A responsável sublinha ainda as qualidades que reconhece nos jovens portugueses, com base na experiência que tem nos grupos que dinamiza na paróquia do Campo Grande: “são jovens altamente empreendedores e criativos”.
O que este congresso também pretende é “dar-lhes espaço e voz. Por isso, vai ser um dia onde queremos desafiar os jovens, mas também queremos ser desafiados por eles”, afirma.