27 out, 2018 - 00:53
O Presidente dos Estados Unidos volta a acusar os media norte-americanos de estarem a usar as ações do suspeito de ter enviado pacotes armadilhados contra personalidades da oposição para tirar dividendos contra si.
“Temos visto um esforço dos media nas últimas horas de usarem as sinistras ações de um homem para marcarem pontos políticos contra mim e o partido Republicano”, disse Donald Trump.
Os apoiantes de Trump, que assistiam ao comício em Charlotte, Carolina do Norte, gritaram “A CNN não presta”.
Este comício surge horas depois de o FBI ter confirmado que, das 14 embalagens armadilhadas já analisadas, pelo menos uma contém ADN do suspeito. Cesar Sayoc, alegadamente apoiante de Trump visto em vários comícios do candidato/Presidente, foi capturado esta sexta-feira e é suspeito de 5 crimes federais, nomeadamente transporte de explosivos entre estados, envio ilegal de explosivos por correspondência, ameaças a antigos presidentes e outros, ameaça em comunicações interestaduais e agressão a agentes de autoridade federal.
A detenção aconteceu no mesmo dia em que o FBI interceptou duas novas embalagens suspeitas. Um dos pacotes era dirigido ao senador democrata de New Jersey Cory Booker. O segundo pacote foi enviado ao antigo "número um" dos serviços de informação, James R. Clapper.
Na quarta-feira, foram intercetados pelos serviços secretos norte-americanos dois pacotes explosivos destinados ao antigo Presidente Barack Obama e à candidata presidencial Hillary Clinton.
Também o edifício onde funciona a televisão CNN em Nova Iorque foi evacuado depois de ter sido descoberto um pacote com um engenho explosivo, endereçado ao ex-diretor da CIA John Brennan, crítico do governo de Trump e colaborador frequente do canal.
O FBI anunciou ainda a interceção de dois engenhos explosivos endereçados à congressista democrata Maxine Waters.
Além disso, as autoridades estão a investigar outra encomenda dirigida ao ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden.
Na segunda-feira, foi encontrado um pacote explosivo na casa do bilionário filantropo George Soros.
Os pacotes foram encontrados numa altura em que se avizinham eleições nos Estados Unidos para órgãos governamentais. A votação está marcada para dia 6 de novembro.