24 out, 2018 - 09:37
Em Milheirós, junto ao Colégio Novo da Maia, a passadeira 3D já virou uma atração turística. A primeira passadeira tridimensional coloca as riscas brancas uns bons centímetros mais altos do que a estrada. Mas tudo não passa de uma ilusão de ótica, mais percetível em vídeo do que a olho nu.
Quem lá passa não percebe de imediato que está a travar junto à primeira passadeira 3D em Portugal, uma vez que o efeito apenas é conseguido num dos sentidos de trânsito.
Álvaro já cruzou a passadeira 3D de carro, de dia e de noite, só para perceber o efeito. "Nota-se, nota-se, parece que está mais elevado, tem aquela altura, mas não vi uma coisa assim tão transcendente que justifique tanto aparato”, diz à Renascença dentro do carro.
Decidiu passar novamente junto do Colégio Novo para perceber o efeito, diz ser uma passadeira diferente, mas comenta que esperava “algo que desse mais nas vistas”.
O condutor José não abriu a boca de espanto à passadeira, mas achou graça à novidade. “Está bom, está diferente”, disse. Questionado sobre se tinha percebido mais depressa que estava ali uma passadeira a resposta foi negativa. “Nem por isso, não vejo muitas diferenças. Só mesmo ao parar é que notamos”, acrescenta.
A passadeira mais famosa do país dá acesso a um colégio, apesar de os condutores não sentirem o efeito de imediato, o diretor David Pinto regista alguns resultados. “A passadeira só funciona num dos sentidos, o que nós notamos é que pessoas, ao contrário do que acontecia, tentam abrandar e ficam de certa forma surpreendidas. De facto, para quem passa aqui poucas vezes nota-se que tem algum efeito”, diz David Pinto.
O mesmo responsável considera que a ideia deveria ser replicada, uma que “o custo benefício é uma pintura, em termos de obras é uma coisa extremamente simples e que tem, garantidamente, mais impacto do que a passadeira normal”.
Esta experiência piloto segue-se aos testes feitos na China, na Índia e no Canadá e a Câmara Municipal da Maia pretende adotar o conceito a mais locais do concelho.