20 out, 2018 - 11:08
O importante é determinar quem tirou as fotos, diz o Sindicato Unificado da Polícia que também partilhou, na sexta-feira, as fotografias da detenção dos três homens que tinham fugido do tribunal do Porto.
Em declarações à Renascença, Peixoto Rodrigues, daquele sindicato, admite que não devia ter divulgado as fotos e fala em ingenuidade.
“Sim, partilhámos [as fotos], porque eram públicas. Não me pareceu correto nem incorreto, mas já apagámos as fotografias, tendo em conta a polémica que isso levantou”, afirma.
“Eventualmente houve, da nossa parte, alguma inocência em fazê-lo, porque elas já corriam pelo Facebook quando as decidimos partilhar”, acrescenta, defendendo que “o que está aqui em causa é saber quem é que, de facto, tirou as fotografias, não quem as partilhou”.
O presidente do Sindicato Unificado da Polícia elogia, por isso, a decisão do Ministério da Administração Interna em abrir inquéritos ao que se passou, seja quando os três suspeitos fugiram seja quando foram detidos e as fotografias do ato partilhadas nas redes sociais.
“É uma boa decisão. Não se sabe se foram os policiais que fotografaram os detidos, tendo em conta que a detenção foi feita num local público, que é um parque de campismo, se foram terceiras pessoas que o fizeram. Acho que o inquérito deve averiguar em que circunstâncias de facto foram fotografados, para que não restem dúvidas”, afirma.
Os suspeitos foram encontrados quase 24 horas depois da fuga, no parque de campismo de Gondomar e com 40 mil euros na sua posse, alegadamente para conseguirem sair do país.