17 out, 2018 - 12:20
O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou esta quarta-feira a pena de prisão de Pedro Dias, no caso da morte de um militar da GNR e dois civis em Aguiar da Beira. A defesa poderá vir a recorrer para o Supremo.
Os juízes julgaram improcedente o recurso da defesa de Pedro Dias "em todas as questões", mantendo-se a decisão do Tribunal da Guarda, que condenou o arguido à pena máxima de 25 anos de prisão, disse à agência Lusa fonte do tribunal.
Em março, o Tribunal da Guarda tinha condenado o "assassino de Aguiar da Beira" por três homicídios consumados: o do militar da GNR Carlos Caetano e de Liliane e Luís Pinto, um casal que viajava na Estrada Nacional (EN) 229 na noite de 11 de outubro de 2016.
O arguido foi ainda condenado pelos crimes de tentativa de homicídio do militar da GNR António Ferreira, de ofensa à integridade física qualificada, sequestro, roubo, furto e detenção de arma proibida.
Na reta final do julgamento, Pedro Dias confessou ter disparado sobre os dois militares da GNR, mas rejeitou responsabilidades nas mortes de dois civis. Segundo Pedro Dias, foi António Ferreira que atingiu Luís e Liliane Pinto, quando viajavam na EN 229.
Na altura, o Tribunal da Guarda decidiu ainda condená-lo ao pagamento de indemnizações no valor de 425 mil euros.
No recurso para a Relação de Coimbra, os advogados de Pedro Dias tinham pedido uma redução da pena, solicitando que seja dada razão à defesa em determinadas qualificações dos crimes, para que se "possa permitir baixar a pena dos 25 anos", disse, na altura, a advogada Mónica Quintela.