16 out, 2018 - 14:01
Mário Centeno disse que a Saúde era “a maior das prioridades do Governo nas políticas sociais” e anunciou cinco novos centros hospitalares. Anunciou também, no Orçamento do Estado (OE) para 2019, que lançaria de um projeto-piloto para alterar modelo de financiamento dos hospitais.
Mas o ex-ministro da Saúde já tinha prometido as novas unidades hospitalares. Em 2015, Adalberto Campos Fernandes (substituído no domingo por Marta Temido no cargo de ministro da Saúde) confirmou o primeiro hospital do Governo, apenas um mês depois de ter tomado posse.
Onde ficam os hospitais anunciados?
Seixal
O primeiro hospital confirmado foi o do Seixal (distrito de Setúbal). Em dezembro de 2015, o ministro da Saúde autorizou a construção de um hospital que, aliás, já tinha sido acordado em 2009. O projeto custaria 60 milhões de euros e foi aprovado pelo Parlamento no dia 18 de dezembro de 2015.
No entanto, a sua construção foi-se atrasando. O concurso público aconteceu em julho deste ano e a Administração de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo foi autorizada a pagar 1,2 milhões de euros da construção. A data limite para a entrega de propostas é até ao final deste mês.
Évora
O novo Hospital Central do Alentejo também já é reclamado e previsto desde o segundo governo de José Sócrates. Em outubro de 2016, Adalberto Marques Fernandes dizia que o concurso para o novo hospital arrancaria em 2017. Era primeiro preciso “estabilizar o modelo de financiamento” e “no primeiro semestre de 2017 estará resolvida” a construção, disse. Disse sobre a nova unidade em Évora.
Ainda não se sabe quando arrancarão as obras, mas a Administração Regional de Saúde tentava ultimar a documentação necessária até ao final do ano.
Sintra
Em novembro de 2016, o presidente da Câmara de Sintra confirmou que o ministro da Saúde, então Campos Fernandes, lhe garantira que iria abrir concurso para um novo hospital em Sintra em 2017. "O senhor ministro tenciona assinar o protocolo para o polo hospitalar de Sintra com a Câmara na última semana de janeiro", apontou Basílio Horta.
Dito e feito, com um atraso de seis meses. Em junho de 2017, Adalberto Campos Fernandes disse que o novo hospital ajudaria a colmatar o “acesso inapropriado e excessivo” do Hospital Dr. Fernando Fonseca.
Este novo hospital parece ser o que está em fase mais avançada. No OE para 2019, o Governo diz que há “contrato assinado pela Câmara Municipal de Sintra em setembro de 2018, com adjudicação do gabinete de arquitetura que irá proceder à elaboração do projeto” e estima “o novo hospital possa entrar em funcionamento em 2021”.
Lisboa-Oriental
Em junho de 2017, o então ministro da Saúde apresentou uma mão-cheia de informações sobre o futuro Hospital Oriental de Lisboa.
Em princípio, iria abrir em 2024; seria construído através de uma Parceria Público-Privada (PPP); a nova unidade integraria cinco outros hospitais – São José, Curry Cabral, Capuchos, Dona Estefânia e Maternidade Alfredo Costa – com o São José a manter-se aberto; custaria 500 milhões de euros; e a gestão clínica seria exclusivamente privada.
Depois, em agosto de 2017, o novo hospital foi confirmado, com a conclusão prevista para 2023. Custaria ao Estado até 100 milhões de euros.
Não há datas para o início da construção do novo hospital, mas o próprio OE 2019 diz que “o concurso foi lançado em dezembro de 2017 encontrando-se, até ao final de 2018, em fase de preparação de propostas por parte dos concorrentes privados”.
Madeira
Um hospital no Funchal é falado há dois anos. Em março de 2017, António Costa disse que o Governo ajudaria a construção em 50%. Em junho deste ano, Adalberto Campos Fernandes dizia que “um novo hospital no Funchal será determinante para catapultar a transformação do sistema de saúde".
O Hospital Central da Madeira foi aprovado este mês em Conselho de Ministros e é o mais recente a ser aprovado. No Orçamento do Estado para 2019, o Governo garante que vai contribuir com 128,7 milhões de euros para o Hospital Central da Madeira.