16 out, 2018 - 11:03
Patrick Canto é líder de uma equipa preparada para uma das maiores batalhas da vida dos seus "soldados". O Vila Real, que por estes tempos anda pelos distritais, recebe o FC Porto, na 3ª eliminatória da Taça de Portugal.
Habituados à inclinação do Marão, os jogadores estão motivados para escalar uma montanha mais perto das nuvens. "Estamos habituados a subir esta serra [do Marão] e agora pedem-nos que subamos um dos picos mais altos do mundo. Com a alegria e a motivação com que estamos a encarar isto, subiríamos o Evereste", diz o treinador.
Patrick Canto assume que "é uma utopia", mas salvaguarda que "no futebol os sonhos, às vezes, acontecem".
Equipa dos sete ofícios
O Vila Real é um clube amador e os treinos começam depois do horário de expediente. É preciso "paixão e sacrifício", observa o técnico dos transmontanos, que sob seu comando tem um vasto de leque de especialistas em áreas bem diferenciadas.
"Temos engenheiros, empregados
de mesa, veterinários, estudantes, operadores fabris e alguns que não fazem
absolutamente nada. À noite, com toda a paixão e sacrifício, estamos aqui para
trabalhar das sete e meia às nove, de terça a sexta-feira", conta Patrick Canto, treinador que ficou extasiado quando viu o nome do FC Porto sair em sorte à sua equipa.
"Estava em casa, sentado no sofá, vi as regras do sorteio e para nós o nosso sonho era jogar com uma equipa da primeira divisão. Quando vi que era o Porto o mundo veio abaixo", revela.
O Vila Real soma quatro vitórias, nos quatros jogos realizados na Divisão de Honra do distrito. Está no terceiro lugar, atrás de Régua e Mondinense, com menos um jogo realizado. O jogo com o FC Porto está agendado para sexta-feira, às 20h15.